As informações ainda são muito desencontradas, mas neste domingo, 17 de janeiro, será um dia dos mais importantes na luta contra a pandemia, que, aliás, nunca esteve tão violenta, nunca contaminou e matou tanta gente como agora, em todo o país. A expectativa geral é de que, finalmente, a Anvisa, numa reunião extraordinária, dê o sinal verde para que a vacinação no Brasil comece mesmo, simultaneamente, em cada recanto brasileiro, já nesta quarta, dia 20.
Em Rondônia, o governo do Estado, via secretário Fernando Máximo, da saúde, garante que está tudo pronto para a aplicação das primeiras 60 mil doses, que atenderão com prioridade o pessoal da saúde e pessoas acima de 75 anos. Depois, na medida em que as vacinas forem chegando, ela será aplicada nas demais faixas da população. Rondônia se antecipou e comprovou 1 milhão e 600 mil seringas, o que dá para vacinar praticamente todos os rondonienses, ao menos na primeira dose. Também correu na frente para manter locais adequados para que as vacinas fiquem na temperatura exigida.
Nossa terra, contudo, continua sendo um Estado extremamente castigado pela doença. Já estamos batendo nos dois mil mortos, desde o início de maio passado (ou seja, em apenas nove meses), com quase 107 mil casos. Ou seja, de uma população de aproximadamente 1 milhão e 750 mil pessoas, nada menos do que seis em cada 100 rondonienses pegaram a doença. Temos ainda mais de 16.500 casos ativos, porque perto de 90 mil estão recuperados. Mas o que desespera mesmo é o número de óbitos e o risco de superlotação total dos nossos hospitais, como está acontecendo em Manaus.
Aqui, temos, hoje, perto de 450 internados. Ainda não faltam leitos, mas eles escasseiam a cada dia que passa, pelo enorme número de casos acrescidos ao total de contaminados, todos os dias. O secretário Fernando Máximo informou, numa Live nas redes sociais, que Rondônia está pronta para a vacinação, mas ela não resolverá o sério drama a curto prazo. Temos que manter, ainda por longo tempo, todos os cuidados, protegendo nossas vidas, de quem convivemos e daqueles que mais amamos.
Perto de 33 milhões de pessoas já foram vacinadas mundo afora. O país que mais imunizou sua população foi Israel, que já aplicou uma dose – e aplicará a outra, em poucos dias – em quase 25 por cento de toda a sua população.
Enfim, parece que, para a Humanidade, o pior está passando. Mas no Brasil, os que transformaram a doença em palanque político, como tantos o fizeram ou em funerária ideológica, como o fez a Rede Globo, apenas para citar um exemplo, vão ter que engolir a realidade e nos deixar viver.
Não aguentamos mais tantas tragédias, tanta falta de ação, tanta falta de oxigênio, tanta incompetência, tanta maldade. A quarta-feira pode trazer o começo da solução para todos. Tomara que isso se torne realidade!
VAMOS SUPERAR, COMO JÁ SUPERAMOS TANTAS TRAGÉDIAS!
O Brasil começará o processo de vacinação com atraso, por uma série de circunstâncias, incluindo-se aí o baixo nível de respeito ao povo, mas muito mais amor às convicções pessoais e ao próprio umbigo, de muitas das nossas autoridades. Ponha-se nesse pacote o Presidente da República, que continua, com sua cabeça duríssima, incentivando a não vacinação, como se ela não fosse a única opção que temos.
O governador de São Paulo também têm muita culpa, ao lançar-se candidato ao Planalto e buscar desesperadamente, se tornar o salvador do povo, guerreando por uma vacina que sequer havia sido ainda testada, muito menos aprovada. Coloque-se no mesmo saco, grande parte dos que têm voz ativa no Congresso: parte de médicos e cientistas que, em grupo, trataram a questão apenas ideologicamente, contestando práticas preventivas que poderiam ajudar a diminuir a força do vírus, assim como o novo partido político nacional, o Partido do Supremo Tribunal Federal, que pisoteou a Constituição continuamente, para impor decisões inacreditáveis e se terá o triste quadro que atingiu em cheio os brasileiros.
Toda a situação é dantesca, mas, no final, o bom senso e a força de viver do povo brasileiro vão sobrepujar tudo isso, como, aliás, já fizemos, como Nação, inúmeras vezes, em outras tantas crises. Venceremos, apesar dos nossos líderes…
MAIS UM LOCKDOWN, APENAS COMO SAÍDA DESESPERADA
Porto Velho e outras 28 cidades do Estado voltam ao Lockdown. Com toque de recolher entre oito da noite e seis da manhã. É uma tentativa desesperada das autoridades, no sentido de conter o vírus, que se alastra, destrói e mata cada vez mais.
Países europeus estão atuando da mesma forma, assim como várias outras regiões. Por aqui e em outros lugares onde o Lockdown já foi adotado, os resultados nunca foram os esperados, até porque muita gente continua levando o vírus para dentro de casa, contaminando os que estão trancafiados e que se imaginam livres da doença.
O ideal seria a conscientização, mas isso está longe de ser possível, porque grande parte da população acha que está imune à doença, sem se importar levá-la para seus entes queridos, que vão se amontoando em hospitais e morrendo entubados nas UTIs. Aliás, o sábado terminou sem praticamente um só leito de UTI desocupado, tanto na Capital como nos hospitais do interior.
O Lockdown, que certamente vai causar muitos danos à economia e, principalmente, mais e mais desemprego, só tem efeito psicológico passageiro. Uma semana e meia ou duas depois dele, se verá que os números de contaminados e mortos vão aumentar muito, não diminuir.
EM BREVE, JÁ NÃO SEREMOS O PAÍS MAIS CATÓLICO DO MUNDO
INCRÍVEL: “CIENTISTA” NÃO QUER ASFALTO NA 319 POR CAUSA DO VÍRUS
O prefeito de Manaus, Davi Almeida, considerou que a falta de ligação da Capital amazonense com o resto do país, por estrada, numa crise de pandemia como vive sua cidade, “é uma sentença de morte” aos manauaras. Pra que? Um “cientista” do Inpe correu para a mídia para contestar a afirmação do prefeito, ao afirmar que, ao contrário, o asfalto na BR 319 seria catastrófico, nesse momento em que a cidade está em pânico.
E assim vivemos, no fogo cruzado entre políticos que dizem uma coisa e representantes e instituições dominadas pela ideologia, que dizem outra totalmente diferente. O Prefeito diz que com apoio logístico e facilidade de acesso, doentes poderiam ser transportados com mais facilidade, o que salvaria muitas vidas.
Já o tal “cientista” afirmou que com a rodovia em boas condições de tráfego, seria uma catástrofe ainda maior, porque muita gente se deslocaria até Manaus, mesmo com tudo o que está acontecendo.
Ora bolas! Até quando gente que nada tem a ver com o combate à Covid, com a guerra ao vírus e à pandemia, vai tentar impor suas ideias e ideologias, mesmo que isso significa a morte de pessoas? Seria cômico, não fosse trágico, ter-se que ouvir heresias como essa ou como aquela, em que um “estudo científico” feito na Universidade de Minas Gerais, alertou que com o asfaltamento da BR 319, metade da Amazônia seria destruída. Tem jeito um país com cabeças como essas?
PERGUNTINHA
Na sua opinião, com o enorme crescimento de casos de infectados pela Covid, corremos, em Rondônia, o risco de ficarmos sem oxigênio nos hospitais, como ocorreu em Manaus?