O governo de Rondônia aumentou as restrições, no que tange o enfrentamento à Covid-19, até a próxima terça-feira 26, quanto ao isolamento social restritivo, através do atual decreto nº 25.728, estipulado em 29 municípios de Rondônia, devido ao atual cenário da pandemia.
O comportamento da sociedade foi o principal reflexo do regresso de fases, como a falta do uso de máscaras, descuido com a higiene pessoal, além de aglomerações, fatores fundamentais e decisivos para que a medida fosse implantada, inclusive com estratégia de horário estabelecido para encerramento de atividades externas.
O coordenador do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), Kerry Alesson explica que a rede faz parte da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), que trabalha constantemente no monitoramento de notificações do coronavírus no Estado, desenvolve atividades e ações, além de captar dados, e classificar o comportamento das pessoas durante a pandemia.
“No inicio da pandemia houve a resistência quanto a utilização delas, mas, com tempo, a máscara acabou virando um acessório de moda, as pessoas colocando estampas de times e empresas nas máscaras, e isso foi e é bem legal, mas existem pessoas que além de não utilizarem as máscaras ainda fazem promoção para que outras pessoas não utilizem. Isso é extremamente perigoso e danoso”, explica Kerry.
O coordenador ainda afirma que as máscaras podem reduzir a carga viral do indivíduo, “Porque a máscara é efetiva sim, ela diminui significantemente a possibilidade de contágio e, às pessoas que estão com vírus, diminui ainda mais a carga viral, portanto se a pessoa estiver com uma determinada carga viral e entrar em contato com outra pessoa com vírus ela pode aumentar a carga viral, mas com a máscara diminui tanto para receber o vírus quanto propagar”, exemplifica.
MODELO IDEAL
De plástico, tecido de algodão, TNT (tecido não tecido), entre outros, as máscaras estão por toda a parte e fazem parte do cotidiano de muitos brasileiros e rondonienses. O adorno é encontrado em diversos modelos, formatos e até tamanhos diferentes, mas o significado principal no qual a sociedade precisa se conscientizar, segundo Kerry, é quanto à eficácia do produto para ao controle da pandemia.
“Hoje nós temos várias opções no mercado, as máscaras cirúrgicas (TNT) são utilizadas por profissionais de saúde, podem ser também utilizadas pela população. Prioritariamente, o Governo, de uma maneira geral, tem pedido que a população utilize a de algodão, para a redução de competição do produto no mercado”, diz o coordenador do Cievs.
As máscaras de plásticos devem ser evitadas, pois elevam a temperatura no rosto, e automaticamente favorecem o indivíduo ao erro. “Com o maior aquecimento das máscaras de plástico, e retendo o calor, é automático levar a mão até a boca e puxar a máscara para respirar melhor, então isso é muito arriscado. O único critério a se ter em mente quanto aos outros dois modelos, como máscara de tecido de algodão e TNT, é a utilização das mesmas, secas. Então, a recomendação é andar sempre com máscaras a mais, como segurança para não molhar e troca-lás a cada duas horas”, garante Kerry.
NAS RUAS
Vendedor de salgados há 17 anos, Francisco Leite da Costa, de 56 anos, conta que ficou quatro meses sem trabalhar, evitando sair de casa. Após esse período, precisou retornar às atividades e jamais poupou na proteção para evitar a contaminação dele e de seus familiares. “Uso máscara, álcool em gel, pois tenho muito medo e cautela. Ando com estoque de máscaras na mochila, tudo para evitar ser contaminado e contaminar as pessoas que amo”, afirmou o comerciante.
RECOMENDAÇÕES
A higienização das máscaras é essencial para a correta utilização das mesmas. As máscaras de tecido de algodão devem ser lavadas separadamente das demais roupas, com prévia imersão em solução com água sanitária de 20 a 30 minutos. Após isso secar em ambiente livre e ao sol, e esterilizar passando a máscara à ferro antes de fazer o uso.
Outra recomendação de especialistas é não tocar na base das máscaras, e sim nas alças que prendem na orelha, a fim de evitar o contato das mãos com o tecido.