Transferência iniciou nesta segunda-feira, 25 / Foto: Divulgação

Mesmo com leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) vagos, o Estado de Rondônia passou a partir da tarde desta segunda-feira, 25, a transferir alguns de seus pacientes com covid-19 para outros estados do país.

Este grupo estava numa fila de espera aguardando vagas na rede de saúde, que está à beira do colapso em decorrência da alta vertiginosa de casos registrados nas últimas semanas.

Em que pese o fato de haver leitos disponíveis, estes não podem ser utilizados porque o Estado não tem mais médicos à disposição para atender a população. A Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) autorizou o Estado a pagar indenização aos médicos que se dispuserem a dar plantões em municípios distantes dos centros tracionais de Rondônia.

Pelas redes sociais, técnicos, agentes políticos, secretários de estado e até mesmo o próprio Governador Marcos Rocha (sem partido) imploram que médicos atendam ao chamamento público aberto pelo Governo de Rondônia para que estes leitos disponíveis possam ser ocupados pelos pacientes.

É exatamente isso que o Executivo Estadual pode fazer neste momento: implorar por ajuda. Sem médicos, o Estado fica engessado e não consegue liberar os leitos. Mesmo em situação de pandemia é preciso respeitar o que estabelece a lei.

Rondônia fez o dever de casa E se antecipou em diversos aspectos relacionados à política de combate ao vírus / Foto: Divulgação

De acordo com o Governo do Estado, Rondônia fez o dever de casa, se antecipou em diversos aspectos relacionados à política de combate ao vírus, mas ainda assim a expansão da covid-19 atingiu níveis preocupantes, chegando com força no interior e intensificando o número de casos na capital.

Até o fechamento desta reportagem, Rondônia registrara 118.097 mil casos de coronavírus em todo seu território. Deste total, mais de 80% dos pacientes venceram a doença, porém 2.128 pessoas acabaram perdendo a vida por causa do vírus.

A escalada do coronavírus em Rondônia é o claro exemplo de que não adianta nada política pública eficiente se não há colaboração das pessoas. As eleições municipais aliadas às festas de fim de ano sem sombra de dúvidas foram os fatores preponderantes para alta proliferação do vírus no Estado.

Diante de um ano tão sombrio quanto o de 2020, impossível pessoas se reunirem, ainda que de máscara e aplicando álcool em gel, sem se abraçarem e compartilharem o apagar das luzes de um ano que exigiu tanto do emocional de todo mundo.

Em dias em que o Estado perde pessoas importantes e que as famílias continuam chorando por aqueles que se foram, as ações de combate contra a covid-19 continuam. Cada qual em seu posto, seja nos hospitais, na segurança pública e nos demais postos de trabalho importantes para a manutenção do social.

sicoob

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