A cooperativa de crédito Sicoob Credisul, com sede em Vilhena, registrou em 2020 um crescimento expressivo, ainda mais se considerar que foi um ano totalmente atípico e muito desafiador.
Os ativos administrados pela cooperativa cresceram 80%, chegando à casa dos R$ 2,9 bilhões. Isso representa um aumento de mais de R$ 1 bilhão em um único ano. Em 2021, a expectativa é que os ativos cheguem a R$ 4 bilhões.
Com muitos ajustes e adaptações, 2020 acabou se consolidando como um ano extremamente positivo para a instituição porque ela já vinha em um movimento de incentivo ao uso dos canais digitais, como Internet Banking e aplicativos, intensificado quando o país foi surpreendido pela pandemia.
A cooperativa também considera que colheu bons frutos com a migração da população dos bancos para o sistema cooperativista e a percepção das vantagens na distribuição de sobras, além da eficiência administrativa que gera resultados muito positivos.
“A comunidade já percebeu que o modelo bancário tradicional (bancos) não é sustentável e não ajuda as pessoas. O cooperativismo, pelo contrário, custa mais barato, cobra menos tarifa, contribui para o desenvolvimento da região e ainda distribui o resultado para os cooperados”, enumera Vilmar Saúgo, diretor executivo da Sicoob Credisul.
Os demais indicadores da Sicoob Credisul também refletem a escalada do bom desempenho. A carteira de crédito cresceu 69%, chegando a R$ 2,24 bilhões. Os depósitos 105%, batendo R$ 1,4 bilhões. O capital e as reservas cresceram mais de 50% em cada indicador. No ano, a prudência fez com que a cooperativa tivesse provisões de R$ 81,5 milhões, 200% maior que em 2019, dessa forma o resultado de 2020, somados sobras mais juros ao capital, foi de R$ 84,3 milhões.
Na retomada pós-pandemia, a Sicoob Credisul espera manter seu crescimento, uma vez que a crise fez com que mais pessoas se aproximem de soluções coletivas, como as oferecidas pelo sistema financeiro cooperativista. Em 2020, por exemplo, a Sicoob Credisul doou mais de meio milhão de reais para o combate ao novo coronavírus. Entre as doações estão repasses para a aquisição de equipamentos médicos e hospitalares, equipamentos de proteção individual (EPI), além de cestas de alimentação e itens de higiene para aqueles mais expostos.