O colapso da pandemia do novo coronavírus que atingiu Manaus, capital do Amazonas, obrigou a transferência de 585 pacientes com a covid-19 para outros Estados.
Desse total, 42 (7,18%) morreram, 240 (41%) receberam alta e os demais 303 (51,79%) seguem hospitalizados.
As informações constam no relatório encaminhado pelo Ministério da Casa Civil ao STF (Supremo Tribunal Federal) após determinação do ministro Ricardo Lewandowski. Os dados devem ser atualizados pelo governo federal a cada 48 horas.
As transferências ocorreram após Manaus registrar a falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e de cilindros de exigência para tratar os pacientes diagnosticados com a covid-19 na capital. Caças da FAB (Força Aérea Brasileira) foram deslocadas para o transporte.
Os primeiros 150 doentes deslocados foram levados, no dia 15 de janeiro, para São Luís (MA), Teresina (PI), João Pessoa (PB), Natal (RN), Goiânia (GO), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Distrito Federal.
Até segunda-feira (8), Manaus acumulava 128.536 casos e 6.347 óbitos em decorrência da covid-19. Na capital, são 291 mortes para cada 100 mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde. O avanço da pandemia na região ocasionou na falta de oxigênio que resultou na morte de pacientes internados por asfixia.
Ainda ontem, o TCU (Tribunal de Contas da União) estabeleceu o prazo de 10 dias para a Secretaria de Saúde da capital responder se foi pressionada pelo Ministério da Saúde para tratar pacientes diagnosticados com a covid-19 com o uso de cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina, medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença respiratória.