A média móvel de óbitos por Covid-19 no Brasil subiu pelo sétimo dia consecutivo, chegando a 1.102,4 neste domingo 14. Trata-se do pico de mortes registrado em toda a pandemia. O indicador, em comparação com o verificado há 14 dias, sofreu alta de 3,2%, o que indica certa estabilidade.
Devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás.
Variações na quantidade de mortes ou de casos de até 15%, para mais ou para menos, não são significativas em relação à evolução da pandemia. Já percentuais acima ou abaixo devem ser encarados como tendência de crescimento ou de queda.
Em números absolutos, o país registrou 719 óbitos em decorrência da Covid-19 e 24.759 novas infecções de coronavírus nas últimas 24 horas, segundo o mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No total, o Brasil já perdeu 239.245 vidas para a doença e computou 9.834.513 casos de contaminação.
Os cálculos são feitos pelo (M)Dados, e se baseiam nos relatórios repassados pelo Ministério da Saúde. Essas informações também alimentam o painel interativo com notícias sobre a pandemia desde o primeiro caso da doença registrado no país.
MÉDIA MÓVEL
Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou de casos está longe do ideal. Isso porque eles podem apresentar variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.
Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana dividida por sete. O nome “móvel” é porque varia conforme o total de óbitos dos sete dias anteriores.
FAIXA DOS 50 ANOS
No sábado 13, em Manaus (AM), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que enviará vacinas aos estados para acelerar o Plano Nacional de Imunização, chegando até o público de 50 anos de idade ainda em fevereiro.
Uma variante do vírus registrada primeiramente em Manaus está sendo relacionada ao aumento rápido do contágio na Região Norte do país, e Pazuello disse que quer responder a esse recrudescimento acelerando a imunização.
“Temos que fazer a vacinação em massa e, neste primeiro momento, vamos vacinar todos acima de 50 anos. Vamos antecipar as vacinas para o Amazonas, sem tirar nada dos outros estados”, disse o ministro ao Portal da Saúde.