Entre os assuntos que foram discutidos na sessão ordinária da última terça-feira, 2, um deles motivou o debate entre parlamentares.
Trata-se da importância do Cone Sul de Rondônia ter um representante no Congresso Nacional. Desde 2014 que a região não tem um “pai” em Brasília, após o deputado federal Natan Donadon, de Vilhena, perder o mandato.
A discussão iniciou com o discurso na tribuna da Casa de Leis pelo vereador Pedrinho Sanches (Avante), que fez um breve relato da viagem de cinco vereadores à capital federal acompanhando o prefeito Eduardo Japonês (PV).
Ele agradeceu a bancada federal pelos benefícios e citou os recursos conquistados pela comitiva para Vilhena, no montante de R$ 7 milhões (leia mais AQUI).
Contudo, o vereador disse que Vilhena não conseguiu garantir emenda para pavimentação asfáltica neste ano, enquanto que Cacoal – que tem dois deputados federais (Jaqueline Cassol (PP) e Expedito Neto (PSD) – garantiu R$ 30 milhões para asfalto.
Pedrinho comentou o que aconteceu na reunião de bancada ocorrida no gabinete do senador Acir Gurgacz. “O prefeito Eduardo entrou e lutou de unhas e dentes. Recebemos apoio dos parlamentares e colocamos nosso prefeito para a reunião. Depois, o prefeito estava com os olhos marejados, porque a emenda de pavimentação não veio. Mas, em contrapartida, dá uma lição para a classe política de Vilhena e do Cone Sul de Rondônia. A classe política precisa-se organizar e fazer um trabalho de conscientização, porque temos até votos sobrando e fazer até dois representantes”, analisou.
Ao comentar o assunto, o presidente da Poder Legislativo, Ronildo Macedo (PV), defendeu e disse que os representantes priorizam seus redutos eleitorais. Ele contou um fato que aconteceu na gestão da ex-prefeita Rosani Donadon (PSC).
“Realmente faz muita falta o Cone Sul ter um representante no Congresso Nacional, já que os municípios sofrem muito com essa demanda. No mandato passado, fomos uma comitiva até Brasília e aconteceu que chegamos e não conseguimos ser atendidos, já que eles priorizam atender seus redutos eleitorais e o Cone Sul ficou à mercê novamente. Então, a região tem condições de eleger um deputado federal e até quase elegermos um senador nas eleições passadas e seria importante rever esse conceito de deputados de Porto Velho chegarem aqui e fazer até 3.000 votos, e, quando a gente realmente precisa deles, só temos migalhas”, destacou.