Devido à juntada de novas provas, a Justiça de Vilhena redesignou a audiência e concedeu prazo para defesa aos envolvidos em ação que pede a cassação de prefeito Eduardo Japonês (PV), a vice Patrícia da Glória (PV) e a vereadora Vivian Repessold (PP).
O caso é referente ao episódio que ficou conhecido como “Escândalo das cestas básicas”, suposto crime eleitoral ocorrido na época de pré-campanha eleitoral em maio 2020 em Vilhena.
A audiência estava prevista para esta terça-feira, 9, mas iniciou na manhã desta quarta-feira, 10. Contudo, advogados da ação juntaram dois polêmicos áudios que podem comprometer Japonês: no primeiro, o prefeito admite que foram entregues “apenas quatro cestas”; já o segundo traz revelações do presidente da Câmara de Vilhena, Ronildo Macedo (PV), um dos vereadores que esteve à frente das investigações do caso. Os áudios foram divulgados pelo site “Rondônia da Gente”, de Porto Velho (ouça os áudios AQUI e AQUI).
Nesse sentido, um dos envolvidos na ação informou ao Extra de Rondônia que a audiência foi redesignada com prazo de 15 dias, com o objetivo da aplicabilidade do princípio do contraditório e da ampla defesa.
O CASO
A ação envolve as autoridades mencionadas em suposta prática de abuso de poder político e econômico em ano eleitoral, na criação de programa social, distribuição de cestas básicas e termo de cooperação com associação de forma irregular.
O caso ganhou repercussão após o então secretário municipal de educação, Willian Braga – na tribuna da Câmara e pressionado por vereadores – chorar e admitir a entrega de cestas básicas feitas com a merenda escolar de forma irregular, acompanhado pela hoje vereadora Vivian Repessold (PP), o que resultou em investigação no Legislativo e inquérito administrativo instaurado pelo Ministério Público (leia mais AQUI e AQUI, AQUI).
Prezando pelo bom jornalismo, o Extra de Rondônia enviou mensagem, semana passada, aos assessores do prefeito para eventuais esclarecimentos, mas não se manifestaram até o momento.