Em entrevista por telefone ao Extra de Rondônia na tarde de quarta-feira, 10, o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) em Porto Velho, Ramon Cujuí, afirmou que a mudança do status do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva certamente irá provocar uma modificação drástica na estratégia que a legenda pretende adotar para a disputa eleitoral em 2022 em Rondônia.
“Antes trabalhávamos com a meta de ter candidatura própria para estabelecer espaço político no cenário local, mas agora temos que avaliar a formação de uma aliança de esquerda para proporcionar um palanque mais abrangente para o Lula, além de compor nominata expressiva a fim de buscar vagas no Congresso Nacional para dar suporte político em Brasília, caso nossa composição conquiste a presidência da República”, argumenta o político.
Apesar de estar aberto a entendimento para composição de aliança, inclusive abrindo mão de estar na cabeça da chapa, Cujuí afirmou que o PT de Rondônia possui lideranças de peso que podem assumir candidatura ao Executivo estadual. “É o caso de nosso presidente regional, o ex-deputado federal de dois mandatos, Anselmo de Jesus; a ex-senadora Fátima Cleide e tantos outros”, enumerou.
Cujuí, no entanto, deixou claro que a avaliação declarada ao site é puramente pessoal, não correspondendo a manifestação oficial do diretório estadual. “Esse quadro que estabeleci é como eu vejo a tendência do partido se encaminhar, mas ainda não debatemos o assunto, mesmo porque o fato novo aconteceu apenas a dois dias. Teremos muito tempo para discutir a questão internamente”, analisa.
Ramon é dirigente do diretório municipal do PT em Porto Velho, e disputou no ano passado a eleição para prefeito da capital.