A polêmica gerada em Chupinguaia após a veiculação da reportagem do Extra de Rondônia nesta quinta-feira, 11, a respeito do auxílio-alimentação de R$ 600,00 concedida aos vereadores, continua dando o que falar nesse município.
O valor já foi incluído na remuneração dos parlamentares dos meses de janeiro e fevereiro deste ano, devido à Resolução nº 10, aprovada em 20 de dezembro de 2019 (leia mais AQUI).
Contudo, dos nove vereadores, apenas dois renunciaram ao benefício no início do ano: Maria Aparecida da Costa (DEM) e Vanderci de Paula Campos “Alicate” (PSB)
Após a repercussão da matéria, os parlamentares se manifestaram a respeito do assunto e concordaram que o, embora o projeto seja legal, é imoral, num momento em que o país atravessa com o aumento da pandemia da covid-19.
Apresentando documentos ao Extra de Rondônia, Maria Aparecida da Costa, a popular Maria do Guaporé, disse que renunciou ao valor de auxílio-alimentação porque considera imoral, já que os vereadores recebem salário de R$ 5 mil, além de diárias. “Não poderia compactuar com essa situação. Não julgo os demais colegas vereadores, mas não achei justo receber esse dinheiro num momento crítico que estamos passando com a pandemia”, observa.
A vereadora disse que perguntou à assessoria da Casa para que esse dinheiro fosse doado a alguma entidade, mas o que lhe informaram é que ela deveria receber e, assim, preferiu renunciar ao valor de R$ 600,00. “Na verdade, se não formalizasse a renúncia, estaria recebendo do mesmo jeito”, analisa.
Por sua vez, “Alicate” disse ao Extra de Rondônia que o projeto foi aprovado quando ele era presidente da Câmara de Chupinguaia, em 2019, mas esclareceu que foi uma decisão da maioria dos parlamentares da época.
“Mas, nesse momento, chamei a advogada e fiz um documento que eu era contra esse projeto e não queria receber. Agora o outro presidente resolveu colocar em pauta. Essa situação é difícil com a crise que estamos atravessando. Na minha opinião não é conveniente receber esse R$ 600,00. Mas cada um tem seu direito, pensa e faz o que quer. Pode ser até legal, mas não acho certo receber esse valor nesse momento”, pondera.