O preço do milho no mercado brasileiro atingiu na terça-feira 16, sua maior cotação de toda a história, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da USP (Universidade de São Paulo). O valor bateu os R$ 93,21 por saca de 60 quilos (à vista, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O movimento representou um aumento de 1,13 por cento no preço do cereal em relação à cotação do dia anterior (segunda-feira, R$ 92,17), que já havia sido recorde. No mês de Março de 2021, destaca o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, a alta já está acumulada em 9,13 por cento (valor em dólares norte-americanos 16,61).
De acordo com a Consultoria AgResource Brasil, “os preços do milho não param de subir no Brasil”. Segundo os analistas, a perspectiva é “que os valores também continuem em alta na Bolsa de Chicago (CBOT)”, porque “no Brasil há grandes incertezas sobre a produção e produtividade da segunda safra de milho [popularmente chamada safrinha], que está sendo plantada fora da janela ideal”.
A produção estimada para a safra de verão, de acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), está projetada em 23,4 milhões de toneladas. Trata-se da menor produção de milho nas duas últimas décadas.
“No geral, os valores têm sido sustentados pela retração de vendedores. De acordo com pesquisadores do Cepea, no Sudeste e no Sul do País, produtores estão à espera de novas valorizações, fundamentados na baixa disponibilidade, e, no Centro-Oeste, muitos agricultores estão concentrados na colheita da safra verão e/ou na semeadura da segunda safra. Compradores, por sua vez, mostram dificuldades na recomposição de estoques”, conclui o Cepea.