Coluna escrita por Humberto Lago/Foto: Arquivo Extra de Rondônia

Nesta semana estive pesquisando a evolução do PIB e da inflação brasileira, nos últimos trinta anos, por década. Creio que todos devemos, de tempos em tempos, parar nossa atividade, avaliar nosso passado recente, nossa situação atual, bem como projetar nosso futuro.

Desta forma tomo a liberdade de compartilhar os números abaixo com o estimado leitor:

Período:                      PIB-%:             Inflação-%:

1991 a 2000                2,60                     8,60 (*)

2001 a 2010                3,70                     5,94

2011 a 2020                0,19                     5,84

(*) Taxa de inflação medida pelo IPCA de 1995 a 2000       . As demais taxas foram obtidas a partir da evolução anual de PIB e Inflação (fonte: IBGE e Wikipedia).

Gostaria de convidá-los a examinar, com atenção, os números acima e logo após interpretá-los corretamente. Imagine que você tem um filho o qual completou 30 anos, em dezembro/20. A seguir imagine que ele é um administrador de empresas e ocupa uma posição de gerência numa firma local. Então ambos vão fazer a avaliação do crescimento da atividade econômica do nosso país, pelo tempo de vida de seu filho. Portanto, compare o Brasil de 30 anos atrás versus o atual.

Creio que algumas conclusões óbvias são:

1.-O crescimento anual do nosso PIB foi muito tímido nas últimas três décadas, com média aritmética de 2,16%;

2.-A inflação anual média aritmética, no período, foi de 6,79%;

3.-Assim sendo, o crescimento anual do PIB (2,16%) foi bem menor do que a taxa de inflação (6,79%). Ou seja, em termos reais, toda a riqueza adicional gerada pelo país foi consumida pela inflação. Ficamos no déficit; toda a nação empobreceu nos últimos 30 anos, o que é profundamente triste e decepcionante;

4.-Não devemos esquecer que a taxa de crescimento populacional tem sido, ultimamente, da ordem de 0,77% ao ano. Ou seja, o brasileiro médio ficou mais pobre;

5.-Na década de 2011 a 2020 o crescimento do PIB mundial foi de 2,7%; o crescimento das economias emergentes foi de 4,0% e do nosso país, como visto acima, foi de apenas 0,19%. Como se diz, foi uma década perdida.

Quando as estatísticas incorporarem o período atípico da pandemia de 2020 e 2021, os números ficarão ainda piores.

A nação brasileira não merece isso. Há coisas erradas e injustas que precisam ser enfrentadas e corrigidas com urgência. Precisamos de sabedoria e sensatez para identificá-las e combatê-las. Urge romper o circulo vicioso. É nosso dever fazer isso. Todos merecemos um país com ordem e progresso; melhor, mais justo e mais íntegro; necessitamos de Deus mais presente no coração do brasileiro. O mínimo esperado é que acompanhemos a evolução econômica mundial. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.

sicoob

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