Foto: Ilustrativa

A produção dos Cafés do Brasil está estimada em aproximadamente 46,72 milhões de sacas de 60kg para o ano de 2021. A safra nacional de café arábica deverá atingir 31,35 milhões de sacas, enquanto que a de café conilon está prevista em 15,36 milhões de sacas.

O estado de Minas Gerais será a unidade federativa com maior produção de café arábica, com safra estimada em 20,66 milhões de sacas, o que representa 66% da produção total da espécie no País. O Espírito Santo será o protagonista nacional na produção de conilon, com produção estimada em aproximadamente 10,15 milhões de sacas em 2021, volume que também configura 66% da produção brasileira da espécie.

Neste contexto, vale ressaltar que a área em produção do café arábica neste ano está estimada em 1,38 milhão de hectares, que, se comparada com a área em produção do ano passado, representa decréscimo de 8,8%.

Com produtividade média de 22,7 sacas por hectare, o que configura uma queda de 29,5% na produtividade média da espécie se comparada a 2020, o que é justificado principalmente pelo fato de 2021 ser um ano de bienalidade negativa, característica do café arábica brasileiro que alterna um ano de produção maior com produção menor no ano seguinte.

Com relação aos cafés da espécie robusta, a área em produção foi estimada em 375 mil hectares, área 1,6% maior que a do ano passado. A produtividade média da safra do conilon brasileiro em 2021 está estimada em 41 sacas por hectare, número 5,6% maior do que a produtividade de 2020.

A receita bruta total dos Cafés do Brasil, com base em pesquisa realizada tendo como referência os preços médios recebidos pelos produtores em janeiro de 2021, foi estimada em R$ 25,84 bilhões, sendo R$ 20,25 bilhões para os cafés da espécie arábica, montante que corresponde a 78,4% do total calculado, e R$ 5,6 bilhões para os cafés conilon, cifra que equivale a 21,6% desse mesmo total.

Com base nos dados dessa pesquisa, se for estabelecido um ranking do faturamento bruto estimado para as cinco regiões geográficas brasileiras que produzem café, considerando as duas espécies (arábica e conilon), em ordem decrescente, constata-se que a Região Sudeste desponta em primeiro lugar com R$ 22,42 bilhões, cujo montante equivale a 86,7% do faturamento total previsto para 2021, seguida pela Região Nordeste que teve sua estimativa calculada em R$ 1,6 bilhão, a qual corresponde a 6,2%.

Dando continuidade a este ranking, em terceira posição vem a Região Norte com a receita bruta estimada em R$ 1,03 bilhão, que corresponde a 4%. E, na sequência, em quarto lugar, figura a Região Sul com R$ 554,4 milhões de potencial de arrecadação com a atividade cafeeira, o que equivale a 2,1%.

Por fim, em quinto, encontra-se a Região Centro-Oeste que tem o faturamento bruto da lavoura cafeeira estimado em R$ 226,5 milhões, montante que corresponde a 0,87% do total estimado para todas as lavouras dos Cafés do Brasil.

Os dados e números que permitiram realizar esta análise foram obtidos do Sumário Executivo do Café – Março de 2021 e do Valor Bruto da Produção – VBP – Fevereiro 2021, elaborados e divulgados mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, os quais passaram a ser analisados e estão disponíveis na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

Com base nos dados do Valor Bruto da Produção – VBP, se também for estabelecido um ranking do faturamento da cafeicultura dos cinco maiores estados brasileiros produtores de café, nota-se que Minas Gerais ocupa o primeiro lugar com R$ 14,08 bilhões, o que equivale a 54,4% do faturamento total, seguido pelo Espírito Santo com R$ 5,15 bilhões (20%).

Em terceiro lugar vem o estado de São Paulo com o faturamento estimado em R$ 2,98 bilhões (11,5%), em quarto a Bahia com R$ 1,6 bilhão (6,2%) e, por fim, Rondônia, que tem o faturamento bruto da lavoura cafeeira estimado em R$ 979,65 milhões, montante que corresponde a 3,7% da estimativa do VBP dos Cafés do Brasil em 2021.

sicoob

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