Foto: Ilustrativa

É fato que, ao longo das gerações, a raça humana provou ser altamente inteligente, traçando meios e estratégias que facilitassem sua vivência, dando origem à chamada tecnologia, que possibilita, em âmbito social, mudanças significativas para o avanço e desenvolvimento do sujeito. Contudo, entende-se que seu uso em exagero, pode torná-la mais prejudicial do que benéfica, a exemplo da mais comum delas, a internet. 

Dados de 2019, do site G1, apontam que cerca de 70% da população brasileira possuem acesso à internet, devido à crescente alta de seu uso nos últimos anos. Juntamente, dados do Ministério da Saúde apontam que entre 2015 e 2018, os casos de jovens com depressão atendidos pelo SUS aumentaram em 115%. Relacionando ambos os números, é possível entender que o uso em demasia e descontrolado da internet, sobretudo por essa faixa etária, pode causar esse transtorno mental devido à alta exposição a situações de comparação com outros sujeitos. Muitos pelas mídias sociais, passam a ideia de possuírem uma vida perfeita, pelas belas fotos que postam e por demonstrarem-se felizes o tempo todo, de modo que, aqueles que os veem passam, muitas vezes, a pensar que suas vidas não são interessantes ou felizes, afetando a autoestima e gerando tristeza.

Além da depressão, insônia e nomofobia são outros transtornos mentais causados pelo uso exacerbado da internet. Pela falta de sono, a insônia é capaz de gerar males como a obesidade, hipertensão, diabetes e crises de estresse. A nomofobia, que consiste na ansiedade em ficar distante do celular, similar a um tipo de abstinência, acarreta problemas de interação social e de falar em público ou na presença de outros.

Dessa forma, há necessidade de se adotarem políticas públicas engendradas por meio do Ministério da Saúde em conjunto com o Ministério da Educação, de modo que as instituições educacionais e de saúde locais promovam palestras e efetivem a atuação de profissionais da área de psicologia em escolas públicas e privadas, associando a promoção, pela escola e família, de momentos de relação interpessoal ativa, movida pelo diálogo face a face. Com tais ações é possível conscientizar a população dos malefícios do uso exagerado da internet, alcançando uma mudança de conduta na relação homem e tecnologia.

Claudinei Rossi Junior, aluno do 3º ano do curso técnico em agropecuária integrado, IFRO-Campus Colorado do Oeste

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