A comunicação entre indivíduos já foi somente com gestos e sons, por meio de cartas e telégrafos. E, atualmente, por meio do smartphone. Em cada etapa dessa evolução surgia uma nova tecnologia. Dessa forma, é possível analisar que a relação entre o homem e a tecnologia é antiga e inevitável. De maneira que, no Brasil, ela faz parte do cotidiano da maioria dos cidadãos e, na atualidade, o uso indiscriminado da tecnologia está afetando a privacidade das pessoas, bem como levando-as de algum modo a dependência total delas.
Tecnologia não é apenas a nova era digital. Segundo o escritor inglês, Douglas Adams, “a tecnologia é uma palavra que descreve alguma coisa que ainda não funciona”. Logo, podemos compreender que as coisas mais simples, como a escrita ou um lápis, são tecnologias.
O acúmulo dessas “pequenas” tecnologias reflete no aumento do nível digital que algo deve possuir para passar a ser considerado tecnológico pelas pessoas. Ademais, essa nova tecnologia ultrapassa a barreira da privacidade dos usuários. Um mundo em que o tempo gasto vendo um vídeo na rede social reflete o perfil do usuário. E, como aponta o documentário da Netflix, “O dilema das redes”, essas informações são vendidas para outras empresas. Com isso, a tecnologia deixa de ser uma aliada.
Outrossim, a cada ano vem aumentando o tempo que uma pessoa passa com o celular. Segundo a Agência Brasil, em 2019, esse tempo foi de em média 3h45, com um aumento de 37%. Logo, tem-se que as pessoas dependem mais desse meio tecnológico. No filme Wall-e, os humanos retratados são pessoas que tiveram uma evolução baseada na tecnologia, onde seus corpos não são usados nem para caminhar. Eles dependem 100% das tecnologias existentes naquele meio.
Na atualidade, os cenários não são os mesmos. No entanto, desprende-se da narrativa que é preciso reaprender a utilizar a tecnologia para que ela e a humanidade possam evoluir sem que o ser humano se torne um “escravo” da mesma. E para isso é preciso reconhecer o seu lado negativo.
Portanto, torna-se necessário adotar medidas para que o homem e a tecnologia possam continuar a evoluir conjuntamente. Assim, cabe ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações restringir o acesso das empresas aos dados dos usuários, por meio de uma lei de regulamentação.
Com o objetivo de proteger os usuários da tecnologia digital. Ao passo que, o Ministério da Educação deve passar a promover a educação tecnológica nas escolas, por meio da oferta de cursos e ensinos para os alunos. Pode-se ofertar esse aprendizado de maneira opcional demonstrando os efeitos negativos de uma má utilização da tecnologia. Com o objetivo de capacitar jovens que possam utilizá-la de uma maneira melhor. Essas medidas têm o fim de reeducar o ser humano e protegê-lo dos possíveis danos que possam sofrer com o constante uso da tecnologia.
Gisely Ferreira dos Santos, aluna do 3º ano do curso técnico em agropecuária integrado, IFRO-campus Colorado do Oeste