Jornalista Victoria Angelo Bacon / Foto: Divulgação

A jornalista Victoria Angelo Bacon, em mensagem enviada ao Extra de Rondônia, se manifestou sobre as declarações do ex-governador e ex-senador Ivo Cassol, acusado de descumprir a pena imposta no quartel do Corpo de Bombeiros de Rolim de Moura, conforme sentença expedida pela justiça (leia mais AQUI).

Bacon é responsável pelo despacho expedido em 21 de fevereiro passado pela Corregedora Nacional de Justiça (CNJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, que determina averiguação de conduta da juíza Claudia Vieira Maciel de Souza, que – segundo a comunicadora – estaria permitindo que Cassol descumprisse a determinação (leia mais AQUI).

Cassol disse que a denúncia da jornalista é retaliação em virtude de ter sido denunciada por ele à Justiça por acúmulo de funções públicas, o que teria causado demissão da mesma “a bem do serviço público”.

Ao site, Bacon rebate as declarações de Cassol. Leia a nota abaixo:

 

O réu Ivo Cassol alega que estou o perseguindo por ele ter sido o mentor de minha demissão por acúmulo de cargo federal e estadual em 2017. Não procede. Para quem conhece a minha história de lutas e de jornalismo sabe que desde 2006 travo uma batalha contra esse homem que aterrorizou Rondônia por meio de sua ira e do Poder que tinha de Governador. Muitos foram perseguidos durante seu Governo e eu fui uma das vítimas.

A foto utilizada para a confecção da matéria do Extra Rondônia dessa quarta-feira, 24, foi, inclusive de uma visita do réu Ivo Cassol ao site de notícias e conteúdos, localizado na cidade de Vilhena justamente à época que ele sequer poderia ter se ausentado da cidade de Rolim de Moura.

Na ocasião ele, o réu, não poderia ter deslocando-se à Vilhena visto que na decisão do STF que determinou o cumprimento da pena a Ivo Narciso Cassol, a ministra relatora deixou explicito que a referida pena “deverá ser cumprida diariamente”.

O réu era para estar cumprindo a pena e não concedendo entrevista para sites e suas emissoras de rádios como ele sempre fez, inclusive durante o período que deveria estar integralmente cumprindo sua pena de prestação de serviços imposta pelo STF.

Isso já basta para sepultar qualquer dúvida acerca do acolhimento da minha representação junto ao gabinete da eminente ministra Cármen Lúcia que foi acolhido e encaminhado ao CNJ, órgão responsável por averiguar magistrados em suas condutas. Não cabe ao réu prestar esclarecimentos de competência do CNJ.

 

Victoria Angelo Bacon

Jornalista

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