“Registro minha preocupação com a nossa cadeia produtiva do leite”. A frase foi dita pelo deputado estadual Lazinho da Fetagro (PT), em pronunciamento, durante Sessão Extraordinária da Assembleia Legislativa, no qual voltou a apontar a problemática do baixo preço do leite, da existência de cartel nos laticínios e a falta de ação do Governo do Estado em defesa da produção leiteira.
O deputado, que preside a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, criticou a nova baixa do preço pago pelo litro de leite aos produtores, classificando a situação como desrespeitosa. Segundo o parlamentar, todo ano, neste período, as empresas de laticínios derrubam o preço. E, relatou Lazinho da Fetagro, neste mês de março, estão oferecendo R$1,20 pelo litro; valor esse que não cobre o custo da produção que está em torno de R$1,30. Para ele, isso tem sido praticado porque existe cartel das empresas lácteas, conforme já denunciado em outros momentos por ele e outros deputados naquela Casa de Leis.
Outra crítica do parlamentar foi direcionada ao Governo do Estado. Lazinho da Fetagro ressaltou que há questões voltadas à cadeia produtiva de responsabilidade do governo e que não se vê o cumprimento destas.
Exemplo dado foi a lei 4.792/20, de sua autoria, que determina que os laticínios instalados em Rondônia que não aderirem ao Conseleite terão os incentivos fiscais suspensos. Mas, que para isso é preciso que o Conselho esteja em vigência, autorizada por meio de renovação de convênio com a Universidade Federal do Estado do Paraná. Esta informação, inclusive, foi requerida pelo deputado na última semana.
Para Lazinho da Fetagro, é indispensável o trabalho do Conseleite que tem por objetivo a busca de soluções conjuntas, pelos produtores rurais e indústrias, para problemas comuns do setor lácteo, e por ser o instrumento que estabelece e valida o preço de referência do leite no estado.
O deputado ainda pontuou a lei 4.777/20, também de sua autoria, que autoriza o governo do estado a usar recursos do Fundo Proleite para compra de leite dos agricultores familiares produtores de até 100 litros/dia, especialmente neste período de pandemia. Lazinho da Fetagro disse não ter conhecimento do uso desta lei em defesa e apoio aos produtores, e cobrou informações do governo.
Por fim, o deputado ressaltou que é preciso mais ação e fiscalização que promovam amparo ao produto, impulsionamento de toda a cadeia leiteira e, desta forma, fomento à economia.