Segundo Karl Marx “O ser humano vive da natureza. Isto significa que a natureza é seu corpo, com o qual ele precisa estar em processo contínuo para não morrer”.
Este raciocínio torna evidente a importância do meio ambiente para o homem, já que dele são extraídos os recursos necessários para a manutenção da vida e, nos dias atuais, da economia. Porém essa relação não está em harmonia, tendo em vista que o meio ambiente vem se degradando rapidamente. No cenário brasileiro as queimadas e emissão de poluentes são grandes problemas.
No último ano as queimadas no pantanal e Amazônia brasileira atingiram a mídia mundial, enquanto redes sociais como Instagram e WhatsApp foram bombardeadas com fotos de céus alaranjados e vibrantes com beleza ressaltada, evidenciando a descaso e o desconhecimento da população, uma vez que muitos não sabiam que esta coloração se devia à poluição e fumaça das queimadas. Esta que além de provocar fenômenos como aquecimento global, poluição atmosférica ainda contribui com diversas doenças respiratórias nos indivíduos.
Porém a emissão de poluentes também advém das indústrias. Na saga distópica “A Rainha Vermelha”, de Victória Aveyard, Norta possui 3 cidades industriais, Cidade Cinzenta, Cidade nova e Cidade Alegre. Essas são conhecidas pela utilização de trabalho escravo e pela fumaça emitida nas industrias vista a vários km de distância. Fora da ficção, as indústrias também são responsáveis por grande parte da poluição atmosférica e hídrica, pois o setor está mais focado na economia do que no meio ambiente, esgotando recursos naturais não renováveis.
Sob tal ótica, cabe ao Ministério do Meio Ambiente em parceria com a polícia Ambiental, por meio da fiscalização, impedir incêndios criminais e desenvolver técnicas para minimizar o alastramento das queimadas, para assim diminuir os danos causados pelas mesmas. Cabe ainda ao Poder Legislativo por meio da criação de leis mais severas, limitar a quantidade de poluição exalada pelas indústrias, fazendo com que estas recorram a meios mais favoráveis ao meio ambiente. Dessa forma, a natureza e o corpo estarão mais perto de atingirem a harmonia, garantindo a vida de ambos, como disse Marx.
Gabriela Baggio Alves dos Reis, alunado 3º ano do curso técnico em agropecuária integrado, Ifro- campus Colorado do Oeste