O mercado de milho na Bolsa B3 de São Paulo fechou novamente em alta na última sexta-feira, 9 de abril, com exceção de novembro que fechou em forte baixa de R$ 4,33/saca.
Com isto, a cotação de maio fechou em alta de R$ 0,65 no dia e R$ 3,08 na semana a R$ 100,51; a de julho avançou R$ 0,64 no dia e R$ 3,23 na semana para R$ 95,85 e a de setembro avançou R$ 0,33 no dia e R$ 3,26 na semana para R$ 89,98.
De acordo com a Consultoria TF Agroeconômica, o mercado está confirmando a escassez de que vínhamos falando desde o final do ano passado, ignorando totalmente o relatório mensal Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). “Hoje soubemos em primeira mão que a JBS está começando a importar milho da Argentina, que confirma não somente a escassez, mas a possibilidade de elevação de preço”, apontam os analistas de mercado.
“Como faltam ainda dois meses antes do início da colheita e disponibilidade da nossa Safrinha, é possível que os preços se elevem ainda mais, embora usando de cautela, diante dos níveis elevados em que se encontram”, acrescentam. Confira o conjunto de fatores faz prever preços elevados para safra 2021, com bons lucros para os agricultores:
FATORES DE ALTA
*Escassez brasileira atual, confirmada pela importação de milho argentino nesta sexta-feira;
*Problemas climáticos no Brasil por plantio de 30% da safrinha fora da janela adequada, que poderão reduzir a produção;
*Dólar elevado, contribui para a probabilidade de aumento da exportação de milho brasileiro, enxugando a disponibilidade interna;
*Forte redução dos estoques nos EUA poderão provocar aumento nas exportações brasileiras, redução da disponibilidade interna e manutenção dos preços elevados e muito lucrativos para os agricultores também na safra 2021;
FATORES DE BAIXA
* Nenhum a curto prazo;
* No longo prazo, leve pressão nos preços durante a colheita da Safrinha, mas que não deverá tirar a boa lucratividade do milho na safra 2021.