Na sociedade contemporânea atual, a internet está presente na vida de boa parte da população mundial, mantendo todos conectados entre si, trazendo inúmeros benefícios que contribuem para maior comodidade. Porém, mesmo sendo positiva sob alguns aspectos, no caso de muitos adolescentes, a mesma pode ser altamente destrutiva e mudar por completo a forma de se pensar e de enxergar a si próprio.
Um estudo feito em 2019 pela TIC Kids Online Brasil aponta que cerca de 86% dos jovens brasileiros são usuários de redes sociais. Simultaneamente, uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde traz que os atendimentos de jovens com depressão realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aumentaram em 115%. Com base nesses dados, é possível conjecturar que o motivo desse aumento de casos de depressão entre os adolescentes está amplamente intrínseco ao acesso à internet.
O documentário “O Dilema das Redes” realizado pela Netflix apresenta com clareza a forma de funcionamento das redes sociais mais famosas como o Instagram e o Facebook, mostrando como são detalhadamente desenvolvidas para gerar uma dependência e um uso constante.
Uma massiva população de alienados que não possuem controle sobre seus próprios desejos está se desenvolvendo e se enraizando culturalmente numa geração inteira, que crescerá mais ansiosa, mais depressiva e sem uma identidade própria, uma vez que o jovem será sempre o reflexo dos conteúdos que consome na internet, sendo incapaz de desenvolver suas capacidades cognitivas e senso crítico.
Uma geração inteira que, desde os 12/17 anos, vem buscando clínicas de procedimentos estéticos para alterarem a fisionomia de seus corpos visando um padrão de beleza inalcançáveis, que muitas vezes são baseados em filtros e edições de fotoshop; que desenvolverá doenças acarretadas pelo sedentarismo por ausência de atividade física.
Faz-se extremamente importante uma forte atuação de políticas públicas realizadas pelo Ministério da Saúde juntamente ao Ministério da Educação em escolas públicas e privadas, atuando com palestras e também com psicólogos que possam auxiliar na mudança de pensamento do adolescente, objetivando que estes possuam maior senso de realidade, compreendendo que a vida real é diferente da vida virtual.
Claudinei Rossi Junior, aluno do 3º ano do curso técnico em agropecuária integrado, Ifro campus Colorado do Oeste