Eyder Brasil / Foto: Divulgação

Qual dado técnico foi usado pela Secretaria de Saúde para condicionar a volta às aulas a lista de espera das vagas de UTis? Esse foi o primeiro questionamento feito pelo deputado Estadual Eyder Brasil, aos secretários de Estado da Saúde e Educação, convidados da sessão especial da última terça-feira 27, na Assembleia Legislativa.

“Qual foi o argumento científico ou estudo de caso concreto utilizado para suspender as aulas? Outras categorias não tiveram os serviços paralisados. Não quero entrar no mérito da essencialidade, falo no sentido da aglomeração. Somente na educação que as atividades presenciais estão suspensas. “O que comprova que é na escola que acontece a maior disseminação do vírus?”, indagou o parlamentar.

Essa resposta foi dada pela Dra. Clarisse Ramos – Coordenadora estadual do Covid em Rondônia. “Não temos dados técnicos das escolas, pois as mesmas não tiveram tempo hábil para exercer as atividades. A Agevisa já montou um sistema paralelo de informação para termos essa noção, se o retorno das aulas vai contribuir ou não com a ascendência de casos de Covid-19 e óbito”, enfatizou.

De acordo com o deputado, os investimentos apresentados pelo secretário de Estado da Educação, Suamy Abreu, vão na contramão das necessidades emergenciais da população. “Porque investir em laboratórios, algo a ser usado no futuro, se antes não foi priorizada a vacinação dos professores? Existe algum documento da secretaria que ateste a antecipação da imunização dos profissionais da educação? ”.

Esses e outros questionamentos, não foram muito bem esclarecidos durante a sabatina, que durou horas, entretanto o secretário deixou transparente a insegurança quanto ao retorno das aulas presenciais. “Eu entendo, com todo respeito, que as argumentações do deputado são poderosas, mas eu particularmente não me sinto seguro, mesmo as escolas estando totalmente equipada para receber os alunos”, frisou Suamy.

Na oportunidade, o deputado Eyder Brasil se colocou à disposição dos secretários para uma conversa mais profunda, a fim de encontrarem soluções para o caso. Mas deixou claro, a possível existência de uma grande guerra política no que diz respeito à educação. “Percebo um grande movimento do ‘não volta às aulas’ e não consigo concordar com isso. Enquanto não houver uma mobilização mais efetiva para o retorno das atividades educacionais, não me cansarei de cobrar, pois acredito muito no poder da educação”, enfatizou o deputado.

sicoob

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