O dia 5 de maio é uma data importante no Brasil para refletir sobre os riscos que a automedicação acarreta à saúde. Trata-se do “Dia nacional sobre o uso racional de medicamentos”.
A data foi criada para alertar a população e disseminar informações relevantes, que podem fazer a diferença para a saúde de muitas pessoas. Afinal, a automedicação é tida como uma das principais responsáveis pelos altos índices de intoxicação por remédios.
Professor do curso de farmácia da Unesc Rondônia, o farmacêutico Felipe Vitali Lorensini destaca a importância de conhecer os riscos da automedicação e do uso indiscriminado de remédios. “Primeiramente, é preciso entender que o uso de medicamentos de forma incorreta, em vez de beneficiar, pode acarretar o agravamento de doenças, uma vez que a sua utilização inadequada pode esconder determinados sintomas”, revela.
Outra preocupação, segundo o docente, é referente às combinações inadequadas. “Nesses casos, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. Isso pode trazer consequências graves. Uma delas, por exemplo, são reações alérgicas, que podem chegar até a choques anafiláticos”, destaca.
De acordo com o professor da unidade da Unesc em Vilhena, entre os riscos mais frequentes para a saúde daqueles que se automedicam está o perigo da intoxicação e resistência aos medicamentos. “Todos os medicamentos possuem riscos, como reações adversas e efeitos colaterais. Por isso, a administração feita nos horários e nas doses corretas permite ao paciente apresentar menor probabilidade de reações adversas. Fazer o uso correto torna o medicamento mais eficaz e seguro”, ressalta Felipe Vitali.
Acima de tudo, é necessário a orientação de um profissional para fazer o uso de qualquer medicamento. “A orientação e o acompanhamento do profissional ajuda o paciente a entender a doença e como ele vai tratar ela da melhor forma possível. Isso inclui a concentração ideal e os horários corretos para a medicação. Vale ressaltar que a saúde é um sistema multidisciplinar, no qual se incluem médico, farmacêutico, enfermeiros e outros profissionais que atuam na garantia da qualidade de vida do paciente”, finaliza.