Com o intuito de buscar novas oportunidades de abertura de mercados internacionais para os produtos lácteos, o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), participou na última segunda-feira 03, da primeira reunião com representantes da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do setor produtivo de leite de Rondônia.
Durante a reunião ficou determinado que, a partir de agora, a Apex-Brasil e o Ministério da Agricultura vão realizar um estudo para verificar os critérios de exportação dos países andinos e iniciar as tratativas de exportação. As indústrias que se manifestarem a favor da iniciativa e que queiram buscar novos mercados, iniciarão o processo de regularização para se tornarem aptas a exportar e conquistar mercados internacionais.
De acordo com o secretário da Seagri, Evandro Padovani, o objetivo é conquistar a abertura no mercado andino, que compreende a Bolívia e Peru, considerado um forte mercado que atenderá a demanda do Estado, além da possibilidade de iniciar um canal de comercialização com a China.
“As empresas vão solicitar ao Mapa o certificado de exportação para se prepararem. O Mapa, Itamarati, Apex, entre outras instituições federais colocarão as indústrias de Rondônia nas rodadas de negociação internacional dos produtos lácteos. Estamos avançando nas tratativas e vamos continuar nos reunindo, em curto prazo, para tomar as decisões e buscar novas alternativas”, ressaltou.
Na próxima semana, os representantes do Mapa vão apresentar uma análise de consumo de produtos lácteos da Bolívia e do Peru, com informações técnicas de exportação para que Rondônia possa entrar com uma discussão e ofertar os produtos derivados do leite. As maiores indústrias rondonienses já se colocaram interessadas em buscar novos mercados.
“Nós enquanto Mapa, vamos fazer discussões internas para apresentar um pouco do mapa do mercado andino e da China. Temos uma série de situações que devem ser colocadas à mesa em relação ao perfil de consumo, preço e como funciona a produção láctea desses países, para depois discutirmos sobre a oferta de produtos de Rondônia, como também as questões legais, sanitárias e volume de produção. A partir desse estudo, vamos fazer a aproximação da capacidade de produção e exportação dos lácteos de Rondônia e dos novos mercados”, informou o diretor do Departamento de Cooperativismo e Acesso a Mercados e representante do Mapa, Márcio Madalena.
Rondônia tem grande potencial de exportação, considerando que toda a produção é industrializada em: 82% de muçarela, 13% leite UHT e 5% leite em pó. “Rondônia busca alternativas para enfrentar o momento de crise e a abertura de mercados internacionais é uma opção positiva. A cadeia produtiva do leite até agora não evoluiu para os mercados internacionais, apenas para o mercado nacional”, informou Padovani.
O setor leiteiro é fundamental para a geração de trabalho e renda, e o Governo do Estado, por meio da Seagri, tem tido parcerias importantes no desenvolvimento, produtividade e qualidade do leite da região. O intuito é trazer a cultura da internacionalização e exportação a Rondônia, para expandir o mercado e conquistar novas oportunidades, gerando desenvolvimento e crescimento econômico