A sessão ordinária da Câmara de Vereadores da capital realizada nesta terça-feira, 11, teve momentos de tensão um tanto injustificada, posto ter acontecido uma discussão em cima de assunto já decidido, provocada pelo autor de propositura aprovada em plenário.
A situação inusitada foi criada pelo vereador Macário Barros (PODE), que apresentou requerimento extinguindo a Comissão de Acompanhamento da Covid-19 criada em abril passado por iniciativa de Everaldo Fogaça (Republicanos), o que acabou acontecendo em plenário.
A primeira curiosidade em torno do assunto é o fato de Macário ter votado pela instauração da comissão especial e 40 dias depois apresentar proposta de extinção do organismo.
Tudo corria de forma republicana. O vereador autor do projeto obteve apoio para incluir a propositura em pauta e obteve os sufrágios necessários para aprovar o requerimento, liquidando o assunto.
O problema é que, depois disso, Macário achou por bem impedir que Everaldo Fogaça fizesse pronunciamento, interrompendo aos gritos a fala do colega, numa flagrante quebra de decoro que a Mesa Diretora deixou acontecer sem maiores consequências.
O caso surpreendeu a maioria dos presentes e só não teve consequências mais graves porque, ao contrário do outro, Fogaça manteve a compostura e não alimentou a ira do colega.
Comentando a situação, Fogaça poupou críticas ao comportamento de Macário, apenas lamentando o ocorrido e reiterando que a sociedade é quem perdeu com a extinção da comissão especial.
“Sabemos que a Câmara dispõe de uma Comissão de Saúde, mas dada a complexidade do momento e a grande demanda do setor na capital, a existência de um mecanismo de controle específico para a pandemia se fazia necessário, mas aceito a decisão dos colegas e vamos continuar trabalhando no sentido de enfrentar a questão da melhor forma possível”, afirmou.