Foto: Ilustrativa

“O silêncio mata”! Uma frase comumente vista em protestos contra o feminicídio. Não somente uma frase de efeito, mas três palavras que “anunciam” o que é ser mulher na atualidade. Com o tempo, elas conquistaram muitos direitos, mas ainda são vítimas de violências e desigualdades. É preciso reverter esse quadro. 

Foi no silêncio que Maggie, personagem do livro “O silêncio das águas”, de Brittainy C. Cherry, presenciou um crime de feminicídio à margem de um rio. Um silêncio que carregou consigo por muitos anos. É nesse mesmo silêncio que muitas mulheres permanecem após sofrerem assédio/violência pelo único fato de ser mulher.

Segundo Cristiane Britto, representante do Ministério da Mulher, cerca de 70% das vítimas não denunciam seus agressores. Números que expressam o medo que elas sentem todos os dias por serem mulheres. 

No entanto, não foi no silêncio que as mulheres conquistaram o direito do voto em 1932, nem os muitos outros após esse. O estereótipo de submissão que é atribuído ao sexo feminino vem sendo superado com as suas grandes conquistas, mas ainda está presente na realidade.

Gradativamente, conquistaram espaço no mercado de trabalho, a independência financeira e os direitos políticos. Ainda que o cenário as oprima, foram com protestos e movimentos históricos que elas mostraram o que é ser mulher, a luta para conquistar seus direitos básicos. 

Logo, é preciso garantir segurança às mulheres ao denunciar agressores. Assim, o Ministério da Mulher deve melhorar o sistema de denúncia, com a criação de um programa que facilite esse ato e um atendimento psicológico durante todo o processo, para que se sintam seguras ao denunciar.

Ademais, é importante que as Delegacias Municipais disponham de um profissional especializado para atender as denúncias de forma adequada, por meio da preparação dos mesmos. Para evitar que as vítimas sejam coagidas a não denunciar. Tais medidas têm o fim de melhorar o sistema de denúncia e evitar que mais mulheres sejam “vítimas do silêncio”.

Gisely Ferreira dos Santos, aluna do 3º ano do curso técnico em agropecuária integrado, Ifro- campus Colorado do Oeste

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