Ao longo da história, a mulher sempre foi alvo de discriminações sociais. Na Idade Média, muitas sofreram perseguições e, até mesmo, perderam a vida por agirem e questionarem o sistema.
Atualmente, após séculos de evolução social e cultural feminina, em que muitas conseguiram alcançar seu lugar de destaque na sociedade, vencendo estereótipos colocados por uma sociedade machista, é lamentável que mulheres ainda sofram com a desigualdade de gênero, seja por diferença salarial no trabalho, seja pela baixa representatividade na política, por exemplo.
As chamadas caça às bruxas foi um genocídio praticado contra o sexo feminino, na Europa e nas Américas, onde muitas mulheres perderam suas vidas por serem consideradas feiticeiras, após questionarem ações de governos tradicionais e os sistemas em que estavam inseridas.
Por meio de muitas lutas, como essa para conquistar o lugar na política, somente no ano de 1932 que as mulheres tiveram suas opiniões e votos defendidos. Mas ainda é perceptível a baixa taxa de representatividade na política, por exemplo. Segundo o inter-parliamentary, o Brasil é um dos piores países em termos de representatividade feminina na política, apesar de 52% do eleitorado brasileiro ser composto por mulheres elas ocupam apenas 10% e 16% respectivamente das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados e dos 81 assentos do Senado Federal.
Essa diferença persiste também no mercado de trabalho, embora as mulheres representem a maioria da população brasileira, menos da metade delas atua no mercado de trabalho e são minoria que ocupam cargos de alta gestão. Dentre as mulheres que desempenham o mesmo papel dos homens, em uma empresa elas recebem cerca de 23,9% menos que eles. Além de serem a minoria, muitas são vítimas de assédio no local de trabalho, o que agrava a condição da mulher na sociedade.
Diante desse contexto, é perceptível a falta de importância por parte do Governo atual para reverter esse quadro de desigualdade. É preciso dizer basta! Para isso, faz-se necessário e urgente que o Governo adote medidas para promover a igualdade de gênero, por meio da adoção de Políticas Públicas para valorização da mulher no ambiente escolar, na comunidade, na política e no mercado de trabalho. Estabelecendo assim uma cultura de inclusão na sociedade.
Namybia Loanda Almeida André, aluna do 3º ano do curso técnico em agropecuária integrado, Ifro-campus Colorado do Oeste