Foto: Ilustrativa

No gênero musical, há canções que exaltam as mulheres, mas infelizmente são as que fazem menos sucesso. Muitas delas referem-se ao gênero feminino como passível de agressão, diversão, sexo e bebida.

Essa caracterização da mulher pode ser encontrada em diversos gêneros musicais, em que expõe a como algo simples de ser manipulado, de vida fácil e que se comercializa como se fosse um objeto. Dessa forma, torna-se imprescindível o debate da representação do gênero feminino nas músicas a fim de combater todo tipo de estereótipo negativo.

A música de Mc Diguinho, lançada em 2018, é um exemplo claro de letra problemática, em que faz apologia ao estrupo da mulher embriagada.  Consoante com a teoria francesa de Collete Gullaumen, as mulheres não têm sexo, elas são sexo. Esse pensamento é exatamente o que é escrito na letra em que o homem distingue a mulher como somente um objeto sexual de uso fácil. Isso se torna preocupante quando se idealiza, o que incentiva o autor a escrever a letra da música. Isso reforça a visão patriarcal presente na sociedade. 

Paradoxalmente percebe-se que músicas que difamam as mulheres também são cantadas por mulheres. Para exemplo dessa caracterização, a música da Mc Danny e Jeff Costa, faz referência ao órgão reprodutor da mulher, como se fosse uma moeda de pagamento e de permuta. Apesar de ser uma mulher cantando, isso restabelece a ideia que a mulher mantém condutas machistas por estar dentro de uma sociedade que tem o machismo estrutural arraigado. Isso faz que elas reproduzem ideias, falas e ações, pois as mesmas agem como se fosse algo natural. Nesse viés, entende-se como um problema cuja solução deve ser feita de imediato.

Portanto, é necessário que a sociedade entenda o quão desrespeitoso são as letras que ferem o caráter da mulher nas canções. Desse modo, é preciso que o Ministério da Mulher, em parceria com as mídias sociais, aja de maneira a barrar letras que agridem quem quer que seja. É preciso conscientizar o  usuário que ouve músicas para que, quando elas tiverem letras que difamam a mulher, saiba interpretar as que negativam o gênero feminino. Para mais, é preciso que os professores de séries iniciais levem esse assunto para a sala de aula, para que os alunos desde pequenos compreendam que essa prática não é algo devotado, e que sejam atuantes  em busca de um futuro melhor. 

Edilene da Silva Costa, aluna do 3º ano do curso técnico em agropecuária integrado, Ifro-campus Colorado do Oeste

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