Os movimentos sociais surgem da insatisfação de determinados grupos que se encontram em desvantagem em relação a outros que, detém poder e ocupam as classes mais altas da sociedade.
Nesse sentido, os movimentos vão se adaptando ao longo da história, permanecendo os desafios de representatividade em instituições políticas e os empasses gerados pela mídia que, por vezes, criminaliza a luta deles.
O Brasil é um país democrático, logo, o Estado assegura os direitos garantidos pela constituição por meio dos representantes escolhidos pelo povo. No entanto, o perfil dos indivíduos que compõem o espaço político é de homens brancos, héteros, cristãos e empresários, ou seja, existem vários grupos que não possuem seus interesses representados de maneira significativa. Assim, é fato que exercer cidadania não se limita ao voto, necessitando de um processo ativo de dimensão civil, a exemplo como fazem os movimentos sociais.
A atuação e expansão dos movimentos sociais têm como obstáculos, como a alienação. Na sociedade capitalista, a mídia é um veículo difusor de ideias que se funde com o consumismo, portanto, ela defende o mercado e criminaliza as lutas sociais. Todavia, não é de hoje que a mídia minimiza as problemáticas presentes na sociedade brasileira. Durante ditadura militar, por exemplo, os meios de comunicação eram mecanismos de sustentação política que viabilizava a censura.
Diante desse contexto, os cidadãos devem se organizar em prol de seus direitos e elaborar manifestações pacíficas legalizadas. Enquanto isso, o Ministério das comunicações pode identificar recursos midiáticos que oportunizem as vozes dos movimentos sociais e promovam a visibilidades das reivindicações dos mesmos. Com isso, as lutas sociais podem gerar mais forças e obter o apoio popular em busca de melhorias para nosso país.
Kamilly Eduarda de Souza Fabre, aluna do 3º ano do Curso Técnico em Agropecuária Integrado, IFRO-Campus Colorado do Oeste
*Texto criado no projeto Oficina de Textos – edição 2021.