A partir desta terça-feira, 22, o pronto-socorro e os setores de ginecologia e obstetrícia do Hospital Regional de Vilhena (HRV) estão sob novo comando administrativo.
A empresa “Medicando Serviços Médicos”, de São Paulo, coordena as atividades, com a promessa de “melhorar e ampliar a capacidade de atendimento da saúde municipal”, conforme release divulgado pela assessoria da prefeitura (leia mais AQUI).
Contudo, o release não informou os gastos mensais pela contratação da empresa, o que gerou questionamentos na sociedade.
O caso foi debatido na manhã desta terça-feira, 22, no programa “Rádio Patriota”, transmitido pela Positiva FM.
Questionado pelo radialista Alexandre Lima, o advogado Caetano Neto, que participava da programação via telefone, informou que irá solicitar, ao Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (órgão fiscalizador dos atos administrativos), inspeção no contrato da empresa paulista, já que não há informações a respeito dos critérios utilizados pela prefeitura, pagamento mensal, que tipo de modalidade licitatória foi utilizada e qual é o histórico da empresa, e se já atuou no sistema de gerenciamento de unidades de saúde.
“Inicialmente, queremos uma inspeção para obter dados precisos da forma de contratação administrativa da empresa e os valores que serão pagos, para depois emitir uma opinião favorável ou contrária. Formularei essa inspeção ao Tribunal de Contas visando a transparência das ações”, disse o causídico.
No programa, o radialista questionou o silêncio dos vereadores quanto à contratação da empresa e lembrou que, antes, os parlamentares costumavam realizar “blitz” na unidade hospitalar na busca de indícios de irregularidades.
Sobre essa situação, Neto, sem citar nomes, disparou: “Com rara exceção, a grande maioria dos vereadores é subserviente ao executivo. Troca seu mandato por cargos na prefeitura. Ou seja, não é mais vereador e sim um serviçal do executivo. Há aqueles políticos que insistem nessa prática. O vereador foi eleito para cuidar da coisa pública. Quem atua hoje na base aliada do prefeito na Câmara, mentiu para seu eleitor. Temos que sepultar essas pessoas da vida pública”.