A redação do Extra de Rondônia conversou com os policiais militares Cruz (cabo) e Márcia (sargento) que são integrantes da Patrulha “Maria da Penha”, sob o comando da Tenente Michele, no município de Vilhena.
A atividade é prestada há quase dois anos com o objetivo de propiciar uma maior segurança às vítimas de violência doméstica.
O grupo explicou que a finalidade da patrulha é realizar o acompanhamento das famílias através de visitas às casas, mantendo contato telefônico com a vítima e inclusive com o infrator para orientá-lo a não descumprir as medidas protetivas.
A quebra de medida protetiva é crime passível de prisão com penalidade de 03 meses a 02 anos, sem prejuízo de ser condenado por outros crimes cometidos. Casos desta natureza já ocorreram em Vilhena.
A Sargento PM Márcia frisou que a segurança da vítima é assegurada enquanto ela está com a medida protetiva. “Portanto é de suma importância que a ofendida não retire a medida, porque é a garantia de proteção, tendo em vista que assim que a vítima comunica a Polícia que houve a aproximação do infrator, já serão tomadas as medidas cabíveis para a sua prisão. Deixando bem claro, ainda, que mesmo se a aproximação não ocorrer de forma física, mas por mensagens telefônicas ou ligações, já fica caracterizado a quebra da medida”, disse.
Para o cabo Cruz, a Patrulha “Maria da Penha” tem sido efetiva em evitar crimes de feminicídio e, inclusive, em coibir a reincidência dos crimes de violência doméstica. “A partir dessa fiscalização que a patrulha faz e das conversas que são mantidas com a vítima e também com o infrator no intuito de conscientizá-lo a não se aproximar da vítima, temos observado que raramente ele se aproxima novamente da vítima durante a vigência da medida”, ressaltou.
Os policiais destacaram que os crimes são combatidos com veemência e tratados com total importância, havendo uma rede de proteção à mulher muito bem consolidada em Vilhena.
A Patrulha atua juntamente com o Centro de Atendimento à Mulher (CAM) que presta o apoio psicológico às vítimas, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), que responsabiliza criminalmente os infratores, e a Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp), que auxilia as vítimas quanto a questões judiciais, com o abrigo da mulher, local onde as vítimas são acolhidas e com diversos órgãos, todos com o intuito de proteger as mulheres e de forma totalmente gratuita.
Mais informações serão obtidas através da própria Polícia Militar, via 190.