O ex-senador e ex-governador Valdir Raupp, liderança inconteste do MDB rondoniense, conversou no início da noite desta quinta-feira, 15 com a reportagem do Extra de Rondônia, num momento difícil para sua família, com um falecimento ocorrido poucas horas antes.
Apesar do luto, Raupp falou sobre a forma como está vivendo, comentando sua rotina assim como falando de um tema que o apaixona: a política rondoniense e nacional.
O político falou que está residindo em Brasília já há algum tempo, mas mantém firmes os laços com Rondônia, onde residem os filhos: uma em Cacoal e um em Porto Velho.
Enquanto a esposa Marinha trabalha na assessoria de um senador mato-grossense, o ex-senador também trabalha como consultor parlamentar, prestando serviços ao Conselho Federal de Técnicos Agrícolas.
Ele está afastado de Rondônia há uns meses, em virtude da pandemia, que aliás o afetou assim como a esposa: ambos pegaram Covid ano passado, sendo que Marinha teve algumas complicações, “mas já está tudo superado”. E a saudade de Rondônia será aplacada neste final de semana, pois Raupp concedeu a entrevista praticamente ao mesmo tempo em que terminava de arrumar as malas. Neste final de semana, ele estará no Estado, e vai passar por Porto Velho, Ouro Preto do Oeste, Cacoal e Rolim de Moura.
Sobre política, Valdir confirmou que é membro do Diretório Nacional do MDB, e participa também da Executiva Estadual, assim como a esposa. Ele se mantém ligado na movimentação partidária e participa do debate interno da legenda, inclusive com relação às eleições do ano que vem. Porém, não está nos planos do casal concorrer a cargos eletivos, mas essa possibilidade não é totalmente impossível: “em política tudo pode acontecer”, afirma ao Extra de Rondônia.
Sobre a sucessão estadual, Raupp declarou que o cenário “ainda é raso”, e que o MDB ainda está se definindo com relação à participação do partido na disputa. “Mas, dada a dimensão de nosso partido, e com a representatividade que ele dispõe na cana política de Rondônia, certamente irá participar entre os protagonistas”. Por ora a legenda não tem candidato, no entanto o ex-senador cita o correligionário Confúcio Moura como uma “ótima alternativa”.
Nas proporcionais, o MDB permanece em compasso de espera. “Temos mais uma propositura eleitoral a ser decidida no Congresso Nacional, e só a partir deste desdobramento poderemos começar a articulação de alianças e formação de nominatas”, declarou.
Encerrando, Valdir Raupp comentou o panorama nacional, que ele considera muito “agitado e aberto”. Sobre o MDB neste contexto, ele afirmou que neste momento o partido não tem um nome para concorrer a presidência, e sendo assim deve rachar entre Bolsonaro e Lula. “Eu, particularmente, torço para que haja um novo nome que agregue nosso partido em torno de um projeto político inovador, que traga uma resposta às demandas da nossa população”, encerrou.