A reportagem do Extra de Rondônia esteve nesta segunda-feira, 19, na Câmara de Vereadores da “Capital do Café”, ocasião em que ouviu o presidente do Parlamento, vereador João Pichek (Republicanos), que falou sobre os primeiros meses de gestão, comentando as ações da Câmara, assim como falou de seu projeto político para o futuro.
Fazendo um breve balanço deste primeiro semestre da legislatura, o presidente acredita que o compromisso com a sociedade foi mantido. “Prometemos atuar de forma harmônica, mas independente, e creio que nos saímos bem neste desafio. Temos uma relação amistosa com o Executivo, porém não de subserviência. Ao mesmo tempo em que aprovamos mais de 130 proposituras apresentadas pela administração municipal, também derrubamos vetos que considerávamos inadequados. Não somos adversários do prefeito, mas a Câmara também não pode ser considerada um ‘puxadinho’ da prefeitura”, avalia Pichek.
Ele também ressaltou a forma participativa com que os vereadores estão conduzindo seus mandatos, e garantiu que concede a todos tratamento igual, com liberdade total e incentivo. “Temos todos nós um grande desafio dado o enorme percentual de renovação pela qual passou o Parlamento. Entendemos que isso demonstra que a população queria mudança de atitude, e estamos atuando neste sentido”, disse.
Ele também considera que hoje a Câmara está mais próxima da comunidade, que tem em sua gestão plena liberdade de participação nos trabalhos da Casa. “Somos partidários da interação plena entre o Parlamento e o povo, e estimulamos ao máximo esta proximidade”, destacou.
João Pichek falou sobre a união entre os parlamentares, apesar de eventualmente ocorrerem debates mais acirrados. “Isso se deve à liberdade de expressão e pensamento que estamos garantindo a todos, e é normal num ambiente onde convivem ideias e pessoas distintas. O que importa é que as decisões sempre acabam convergindo em direção ao interesse da comunidade, e isso é que importa. O nome que a gente dá para este tipo de relação é Democracia”, explicou de forma taxativa.
Sobre as metas de seu mandato e gestão à frente da Câmara Municipal de Cacoal, o presidente declarou que em termos institucionais uma das propostas é trabalhar na atualização do Regimento Interno da Casa, que encontra-se defasado. “Pretendemos começar os debates neste sentido já no segundo semestre”, frisou.
Ele explicou que não concorre a reeleição à presidência porque o Regimento não prevê tal possibilidade, e que tal projeto não lhe passa pela cabeça, até mesmo pela impossibilidade. Pichek fica no cargo até o final do ano que vêm, mas a eleição que definirá seu sucessor para o próximo biênio será realizada já em dezembro próximo.
Sobre seus planos pessoais para o futuro, o presidente foi muito franco ao admitir que tem pretensões de evoluir na carreira política, e admitiu que a visibilidade do cargo que ocupa tem lhe rendido convites para concorrer às eleições do ano que vem.
“Não quero ficar estagnado, e meu nome está à disposição de meu partido para eventual necessidade. Estou focado em meu mandato e na gestão do Parlamento, mas como qualquer pessoa em qualquer função, eu quero avançar, e não irei me furtar a concorrer a deputado estadual ou federal se o grupo ao qual faço parte entender que isso será positivo para o coletivo”, encerrou.