Na sessão de retorno das atividades após o recesso parlamentar na Câmara Municipal de Vilhena, que aconteceu na manhã desta terça-feira, 3, houve a presença maciça do primeiro escalão do Executivo, com quase todos os titulares das pastas da administração de Eduardo Japonês (PV), naquilo que foi considerado como “dentro da normalidade e uma forma de participação e demonstração de interesse na atividade dos parlamentares”, conforme afirmou a assessoria de Comunicação do Município ao Extra de Rondônia.
Por outro lado, o momento também serviu para que vereadores fizessem senão críticas contundentes, pelo menos observações mais firmes acerca do relacionamento entre os poderes. Neste caso, tais manifestações partiram do presidente do Legislativo, Ronildo Macedo (PV) e de Dhonatan Pagani (PSDB).
O primeiro afirmou em discurso que estava “feliz de ver quase todos os secretários na sessão”, e aproveitou para pedir “que venham mais à sessão, pois os vereadores não são inimigos de vocês, e nem do prefeito, somos amigos e queremos ajudar da melhor forma possível, fazer um trabalho em conjunto”.
Depois do afago, a alfinetada: “quero cumprimentar a nova secretária municipal de Educação, e dizer que a gente só fica sabendo quem assumiu as pastas apenas pelos meios de comunicação. Nós não sabemos quem e quando. É uma prorrogativa do Executivo, mas, no mínimo, os vereadores deveriam ser informados. Mas, estamos unidos e continuaremos aprovando sempre o que for bom para Vilhena”, fechou.
Já o jovem vereador foi mais agudo, porém manteve a compostura, ao referir-se a um projeto em pauta acerca de superávit financeiro de R$ 2 milhões. “Gente, quando vem um projeto desse, peço aos secretários, que mandem o balanço patrimonial no projeto. Como é que eu vou saber de onde vem esse superávit? Que do céu não caiu, da terra não brotou. Preciso do balanço já que os projetos precisam vir com informações. Depois falam que o vereador não ajuda, que não ver votar, que está segurando a matéria, que é ruim. Tem secretários que dialogam, mas outros não”, reclamou.
Apesar das cutucadas, como sempre a Câmara de Vilhena aprovou em massa todas as proposituras apresentadas pelo Executivo.