O escrivão da Polícia Federal aposentado Raimundo T. A. N., 56 anos, foi colocado em liberdade pelo delegado plantonista da Central de Flagrantes de Porto Velho na quarta-feira 04, após o resultado do exame feito pelo Instituto Médico Legal (IML), no corpo de Rosilene Chaves Oliveira, 46 anos, apresentar resultado inconclusivo.
De acordo com informações apuradas, não havia provas testemunhais de que Raimundo teria agredido Rosilene, e o laudo não concluiu que a morte aconteceu por causa das lesões. Por conta disso, o delegado plantonista solicitou uma série exames que demoram ter o resultado e colocou Raimundo em liberdade.
Segundo informações, através do 1º Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Porto Velho, no dia 20 de junho de 2020 foi concedida a Medida Protetiva de Urgência a Rosilene Chaves de Oliveira, durante o plantão judicial. A medida protetiva continuava em vigor.
No dia 23, outra decisão determinou a suspensão do porte de arma de fogo de Raimundo. No entanto, Rosilene estava na casa do policial aposentado na madrugada desta quarta-feira. Agora, o caso será encaminhado para a Delegacia de Homicídios de Porto Velho, para que a morte de Rosilene seja investigada e esclarecida.
CASO
Segundo a ocorrência policial, uma guarnição foi chamada por duas pessoas, informando sobre uma mulher caída em uma residência. Os policiais chegaram e viram o policial aposentado em cima da ex-esposa, batendo no peito dela. Os policiais afirmaram que o homem estava aparentemente embriagado e Rosilene já sem vida.
Acionada uma ambulância do Samu, a morte foi confirmada e o médico disse que havia suspeita que a vítima tenha sofrido agressões, que a levaram a morte. Já o perito criminal informou que a vítima tinha lesões no peito e no rosto.
O policial federal aposentado disse aos policiais militares que eles estavam fazendo sexo e a mulher passou mal e que teria iniciado procedimentos de massagens cardíacas. Testemunhas, no entanto, garantem que Raimundo estava agredindo a vítima com socos no peito com força excessiva, além de também tapas no rosto.
Ele também disse que estavam separados há cerca de um ano e buscavam a reconciliação. O homem foi levado para a Central de Flagrantes, onde ficou à disposição.