O Brasil é conhecido como grande produtor e exportador de vários produtos, como carne, soja, milho, frango, etc. Em 2020, o país consolidou-se como o maior exportador de carne bovina, com 2,2 milhões de toneladas, ocupando 14,4% do mercado internacional e o primeiro lugar da lista.
O que poucas pessoas sabem é que o Brasil é líder mundial em produção, consumo e exportação de sementes forrageiras. Esse mercado movimenta mais de R$ 1,4 bilhão ao ano. As forrageiras também contribuem para a manutenção do país na posição de grande produtor e exportador de carne bovina.
Para apresentar conhecimentos consolidados sobre esse importante segmento, a Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos- SP) organizou a publicação Monitoramento tecnológico de cultivares de forrageiras. O trabalho traz informações tecnológicas sobre as cultivares e o mercado de sementes. O levantamento foi feito com base em dados sobre o mercado legal de sementes e mudas de forrageiras.
De acordo com um dos autores, o médico veterinário Hélio Omote, o mercado de sementes cresce a cada ano. “Os produtores estão mais exigentes e buscam sementes de melhor qualidade, como já ocorre com outras culturas, como a soja, por exemplo”, conta Omote. Segundo o Censo Agropecuário Brasileiro (IBGE, 2018), a área total de pastagens, tanto naturais quanto plantadas, é de 158,6 milhões de hectares. Setenta por cento são pastagens plantadas.
A Embrapa é líder mundial na geração de cultivares de forrageiras tropicais. Os capins Brachiaria brizantha cv. Marandu e Panicum maximum cv. Mombaça, desenvolvidos pela Embrapa, corresponderam a cerca de 70% da produção de sementes, considerando as cinco principais forrageiras tropicais cultivadas no país na safra 2018/2019.