Na sessão ordinária realizada na manhã desta terça-feira, 17, na Câmara de Vilhena, a vereadora Clérida Alves (Avante) voltou a “detonar” a secretária municipal de saúde (Semus), Siclinda Rassch, usando termos como “incompetente”, “falsa” e “arrogante”.
Semana passada, ela sugeriu à secretária para deixar o cargo (leia mais AQUI).
Dessa vez, Clérida defendeu o requerimento, nº 26/2021, de sua autoria, aprovado em plenário, solicitando do prefeito Eduardo Japonês (PV) cópia dos documentos inseridos, nos últimos 90 dias, no processo administrativo referente à compra de insulina, lancetas, fitas para verificação de glicemia, agulhas para caneta BD 4mm, entre outros itens destinados a pacientes diabéticos.
A parlamentar alertou que os itens citados não estão disponíveis na Rede Municipal de Saúde, podendo, em casos mais delicados, ocasionar o óbito de pacientes caso não sigam corretamente o tratamento.
Na tribuna, a vereadora leu um laudo médico e familiares da paciente teriam ido até a Semus, no final da semana passada, para tentar conseguir os medicamentos, recebendo a negativa das autoridades por falta de insumos e materiais. Porém, após a reclamação da parlamentar, os medicamentos apareceram no dia seguinte.
Ainda, na sessão, a vereadora mostrou imagens de uma marmita, contendo arroz, macarrão, feijão e um pedaço de coxa de frango, o que seria a refeição das vacinadoras. Mas pasmem: o alimento teria que ser dividido entre duas profissionais de saúde.
Ela também levou à tribuna da Casa a denúncia do Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren-RO) que realizou fiscalização no Hospital Regional de Vilhena, identificando várias irregularidades que expõem pacientes a riscos iminentes de agravamento quanto ao quadro clínico, tais como falta de profissionais e exercício ilegal da profissão (leia mais AQUI).
Clérida chamou a secretária de “incompetente, falsa e arrogante” e disse que Siclinda usa as redes sociais, em horário de expediente, para publicar fotos pessoais. “Ela deveria é publicar fotos dando satisfação à sociedade do que falta na Saúde”, arrematou.
Em release enviado à imprensa, a prefeitura rebateu a parlamentar e, através de sua assessoria, disse que “com estoques cheios de lancetas, monitores de glicemia, seringas, agulhas, tiras reagentes e entrega regular de insulina fornecida pelo Ministério da Saúde, a Farmácia Municipal atende em média entre 500 e 600 pacientes com diabetes todos os meses”.