Os juros do cartão de crédito cresceram em julho, informou nesta sexta-feira (27) o Banco Central. A taxa ficou em 331,5% ao ano no mês, 4 pontos percentuais acima do registrado em junho. Já o índice para o cheque especial ficou em 123,5%, uma diminuição de 2,1 pontos em relação ao mês anterior.
Esses percentuais são as médias cobradas pelos bancos dos clientes que tomam dinheiro emprestado nas duas modalidades. As duas opções são as mais caras do mercado.
No caso do cartão de crédito, uma dívida de R$ 1.000 tomada em julho deste ano vai se tornar, de forma hipotética, em um saldo devedor de R$ 4.315 com a taxa média praticada pelos bancos brasileiros. Portanto, a dívida vai mais do que quadruplicar em 12 meses.
Já no caso do cheque especial, a mesma dívida de R$ 1.000 vai saltar para R$ 2.235 dentro de um ano. Ou seja, o débito vai mais do que dobrar.
O crédito consignado, aquele que tem desconto na folha de pagamento do funcionário, é uma das linhas de empréstimo mais baratas do mercado e se apresenta como alternativa para o cheque especial e o cartão de crédito.
Apesar da alta de 0,1% na passagem de junho para julho, a taxa de juros nessa linha de crédito ainda é a melhor opção para quem precisa de dinheiro emprestado. No mês passado, o índice médio registrado foi de 18,8% ao ano.
No mesmo exemplo da dívida hipotética de R$ 1.000, se feita no crédito consignado, passaria a custar R$ 1.188 depois de um ano.
Para servidores públicos, a taxa é ainda menor e atinge 16,6% no crédito consignado, mesmo com a aceleração de 0,4% na passagem de junho para julho. Já para os beneficiários do INSS, (aposentados e pensionistas) o índice em maio desacelerou pelo terceiro mês consecutivo, chegando a 20,5% em julho. E aos trabalhadores da iniciativa privada, a taxa média ganhou ritmo de 0,1 p.p. ao mês, ficando em 29,5% ao ano em julho.