A Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social de Alto Paraíso, através do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), promoveu na manhã da sexta-feira, 27, encontro com representantes da sociedade civil organizada para tratar de um tema complexo, que se agravou durante a pandemia: a violência doméstica.
A ação foi um marco do Agosto Lilás, que tem como foco dar visibilidade ao tema e trazer a sociedade para o debate, buscando meios para o enfrentamento da questão através de ações articuladas entre estruturas do poder público e da comunidade.
Participaram do evento representantes da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social, Secretaria Municipal de Educação, Câmara dos Vereadores, Polícia Civil, Polícia Militar, Conselho Tutelar, Conselho Municipal de Assistência Social, Associação de Mulheres de Alto Paraíso, Pastoral Familiar da Igreja Católica e pastores das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus e Batista, estes representando a Associação dos Pastores Evangélicos da cidade.
O ponto de partida para o debate foi a exposição de estatísticas de ocorrências policiais registradas na Delegacia de Polícia Civil por parte da escrivã Luciana Espinosa, demonstrando que os casos de violência doméstica quase triplicaram de março do ano passado para cá em relação ao período pré-pandemia, contando desde a época em que a delegacia foi instalada na cidade.
A partir destes dados foi dada a palavra a todos os presentes, que comentaram o assunto e trouxeram luz ao debate, expondo a situação a partir do ponto de vista e realidade de cada ente ali representado. Ficou evidenciado que há uma necessidade urgente de se articular uma rede de proteção às vítimas e de realização de ações preventivas a fim de reverter estes números, e foi firmado um pacto entre os representantes para organizar o sistema, com o compromisso de estabelecer propostas e ações de enfrentamento da questão.
O primeiro passo será buscar em Ariquemes, município que é um polo regional com rede de proteção social voltada ao tema já estabelecida, modelos e orientação para se organizar o sistema na cidade, e posteriormente promover audiência pública para ampliar o debate e dar início a ações efetivas para busca de soluções à demanda.