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O Boletim InfoGripe da Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz), divulgado na última quinta-feira (2), apontou estabilidade no número de novos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), frequentemente relacionado à covid-19.

Os indícios de crescimento mostrado na última semana não foram confirmados.

O relatório usa como base os dados inseridos no SivepGripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) até 30 de agosto, que nesta semana começou a divulgar os números por faixas etárias. Os pesquisadores esperam ter avaliações semanais mais detalhadas de cada cidade e estado, já que Boletim InfoGripe vai acompanhar a tendência de SRAG em pessoas que ainda não receberam a vacina contra a covid-19. Além de analisar o impacto potencial do avanço da cobertura vacinal nas faixas ainda em andamento e naquelas que já atingiram estabilidade no nível de cobertura.

Os números indicam estabilidade de casos entre crianças (de 0 a 9 anos) e adolescentes (10 a 19 anos), porém em um patamar muito alto comparado aos números ao longo da pandemia. A situação é semelhante ao pico mais agudo de 2020.

Na faixa etária dos idosos (acima de 60 anos) os números são estáveis e comparáveis a outubro de 2020, quando foram registrados os valores mais baixos no dado nacional. Porém, para a população acima de 80 anos é possível identificar que o pico de maio passado, que foi expressivo em todas as faixas abaixo de 60 anos, houve um aumento de casos de SRAG.

Marcelo Gomes, pesquisador e coordenador do InfoGripe, explicou que as tendências variam de acordo com a população vacinada. “O patamar de estabilização se apresenta mais alto à medida que a idade diminui. Já a redução expressiva do número de casos de SRAG na população idosa é reflexo do impacto da campanha de vacinação escalonada realizada nos meses de abril e maio. Os valores mais altos da população mais jovem indicam que a transmissão segue elevada e são atribuídos à transmissão elevada na população em geral”, disse Gomes.

O boletim indica que somente quatro das 26 estados e Distrito Federal apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), com destaque para Bahia, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Nove apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo (últimas três semanas) e Rondônia apresenta sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo.

Além disso, Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Roraima, Santa Catarina e São Paulo apresentam sinal de estabilidade nas tendências de longo e curto prazo.

A análise aponta que todos os estados apresentam ao menos uma macrorregião de saúde em nível alto ou superior.  Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo têm ao menos uma macrorregião em nível extremamente elevado.

O Boletim alerta para casos de SRAG associados a outros vírus respiratórios, não só o SARS-CoV-2. Foi observado aumento do número de casos confirmados de vírus sincicial respiratório (VSR), presente em todas as regiões do país, sendo as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste com maior incidência acumulada até o momento. Também foi observada a presença de casos confirmados para rinovírus. O aumento dos casos de VSR podem estar associados ao relaxamento das medidas de distanciamento.

O uso de máscara se tornou essencial para evitar a transmissão do coronavírus desde o início da pandemia, em março de 2020. As populares máscaras de tecido, quer foram úteis em um momento emergencial, agora devem ser trocadas por modelos que fornecem maior proteção, segundo o infectologista Antônio Bandeira, membro da diretoria da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia). ‘As máscaras de tecido foram uma necessidade de um período, para cobrir um espaço de tempo, enquanto as máscaras N95 e cirúrgicas ainda não eram suficientes em quantidade para a população. Essas máscaras passam por grande controle de qualidade, com cinco camadas de filtração que garantem uma excelente barreira para as gotículas infectadas”, explica

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