Bolsonaro e Alexandre de Moraes / Foto: Divulgação

Após as falas proferidas nesta sexta-feira pelo Presidente Jair Bolsonaro aos dois ministros do STF, em especial, Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes de que o 7 de setembro é um ultimato para ambos, uma coisa é certa: o aviso do Presidente elevou ainda mais a ira do ministro Alexandre de Moraes ao núcleo bolsinarista mais próximo do Presidente.

É certo que o ministro do STF de maior oposição ao bolsonarismo, Alexandre de Moraes está quieto esses últimos dias, principalmente após as prisões, mandatos de buscas e apreensões e bloqueio de contas ligadas ao grupo celebro do bolsonarismo. Com o apoio de quase a totalidade dos ministros da Corte Suprema e do TSE (Tribunal Eleitoral) do qual ele faz parte e irá presidir pelos próximos dois anos, Alexandre de Moraes tem o poder de desconstruir todo o bolsonarismo e seus discursos, caso as intenções do Presidente não tenha êxito e não se concretize.

Como o Senado rejeitou, digo o seu Presidente Rodrigo Pacheco de analisar o pedido de Impeachment de Alexandre de Moraes, apenas resta a Bolsonaro as medidas mais extremas, pois até agora ele perdeu a batalha contra seus algozes. Os alvos do STF muito brevemente serão os filhos do Presidente que estão nos Inquéritos que tramitam com Alexandre de Moraes no STF aguardando, o ministro, o momento ideal para agir e sufocá-los.

A ameaça do Presidente ocorreu em discurso para uma plateia de apoiadores em cerimônia em Tanhaçu (BA) para assinatura de contrato de concessão da Ferrovia Integração Oeste Leste (Fiol).

Outra coisa também é certa: Bolsonaro alimenta os seus seguidores com o discurso de ataque ao STF. As manifestações programadas para o próximo 7 de setembro terão como slogan “o último recado”. Este recado é justamente a ação enérgica do Presidente por meio do artigo 142 do qual defende o núcleo mais duro do bolsonarismo-raiz. Se o Presidente Jair Bolsonaro, após as manifestações organizadas pelos seus apoiadores e seguidores nada fizer, perderá credibilidade com parte considerável destes mesmos bolsonaristas.

“Nós não precisamos sair da quatro linhas da Constituição, ali tem tudo que precisamos. Mas se alguém quiser jogar fora destas quatro linhas, nós mostraremos que poderemos fazer também”, disse Bolsonaro, para depois de uma pausa para aplausos completar com “valer a vontade e a força do seu povo”.

A continuação da prisão de Roberto Jefferson, a punição ao deputado Daniel Oliveira, as prisões ocorridas contra bolsonaristas raízes como Oswaldo Eustáquio e Sara Winter, os mandatos de busca e apreensão contra Sérgio Reis e Otoni de Paula e assim vai, também são o último recado dos bolsonaristas ao Presidente que lhes imergiu numa guerra e não há como sair dela sem um desfecho final.

“Não podemos admitir que uma ou duas pessoas, usando da força do poder, queiram dar outro rumo ao nosso país. Essas uma ou duas pessoas precisam entender o seu lugar. O recado de vocês nas ruas, na próxima terça-feira, será um ultimato para essas duas pessoas. Curvem-se à Constituição, respeitem a nossa a liberdade e entendam que vocês dois estão no caminho errado, porque sempre há tempo de se redimir”, disse o presidente.

No final de suas falas, o Presidente deixou claro que ele agirá, embora não se sabe como exatamente, porém ele assim expressou: Bolsonaro então complementou, dizendo que quem dá o ultimato é o povo.

“Após o 7 de Setembro, que ficará para todos nós com essa demonstração gigante de patriotismo visto em todos os cantos do nosso Brasil, duvido que aqueles um ou dois que ousam nos desafiar, desafiar a Constituição, desrespeitar povo brasileiro, saberá voltar para o seu lugar, Quem dá o ultimato não sou eu, é o povo brasileiro”, disse.

Em sua Live semanal de quinta-feira, acompanhei atenciosamente e percebi que o Presidente sabe da responsabilidade que precisa dar ao núcleo mais duro e radical do bolsonarismo criado pelos seus seguidores.

Ele enfatizou: “Vamos derrotar os que querem nos levar para o caminho da Venezuela. Somos a maioria, pessoas de bem, e respeitamos as regras do jogo, Juntos sairemos vitoriosos”. E ainda foi além: “Peço uma coisa a Deus, além de sabedoria e coragem para decidir, que eu realmente possa no futuro lá adiante, bem distante, entregar um Brasil muito melhor do que recebi. Se essa for a vontade dele, posso dizer que o Brasil, mais do que um país do futuro, é um país do presente”, completou.

sicoob

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