Durante os Jogos Olímpicos de 2020, sediados em Tóquio, no Japão, muitos brasileiros comentaram nas redes sociais sobre torcer para que os oponentes do Brasil errassem e até se ferissem nas provas, a fim de que os atletas nacionais ganhassem a competição. Torcer pelo melhor desempenho daqueles que representam a pátria em tais eventos é uma forma de demonstrar patriotismo. Mas quando a torcida perde o respeito pelos demais países e seus habitantes e dita que o seu é melhor que os outros, o sentimento patriota é trocado por outro mais perigoso: o sentimento Nacionalista.
Adam Smith, filósofo e economista do século XVIII, afirmava que o verdadeiro patriota é aquele que defende e ama sua pátria, mas que fica feliz ao ver o desenvolvimento das outras. Esse é o tipo de pensamento que deve ser relembrado e reestruturado na nação brasileira, deve-se compreender a importância de amar o seu país sem odiar ou excluir os outros.
Uma das características do nacionalismo é a exclusão das minorias, o que é um grande problema, pois gera muitos preconceitos, principalmente raciais. Quando discursos nacionalistas de ódio contra minorias ganham força em um país, rachaduras vão se formando dentro do mesmo e ele vai se dividindo. Uma frase que resume a função de um líder de nação em momentos como esse é a do personagem T’challa, do filme Pantera Negra, da Marvel “Em momentos de dificuldade, líderes sábios constroem pontes, enquanto tolos constroem barreiras”.
O patriotismo no Brasil se perdeu, soterrado sobre pensamentos nacionalistas, que ferem minorias e dividem o país. Entretanto precisa ser resgatado e reestruturado na mente da população. Para isso, cabe ao Ministério da Educação incentivar que as escolas de ensino fundamental e médio, desenvolvam projetos que ensinem o verdadeiro patriotismo e a importância do respeito para com as diferenças, além de encorajar esses ensinamentos na prática.
Amanda Ribeiro da Silva, aluna do 3º ano do Ifro campus Vilhena