Na manhã desta quinta-feira,16, a Polícia Civil (PC) de Cacoal cumpriu mandado de busca e apreensão na empresa Nova Bens Investimentos, por suspeita de crimes de estelionato.
De acordo com informações colhidas pelo Extra de Rondônia, a empresa ofertava uma espécie de financiamento aos clientes que teriam que realizar pagamentos como forma de entrada, para que pudesse ser liberado o empréstimo supostamente contrato, todavia, posteriormente não era pago nenhuma quantia a pessoa que fazia o financiamento e muito menos era feita a restituição dos valores pagos.
Entretanto, após isso, a empresa explanava aos clientes que não se tratava de um financiamento e sim de um consórcio ou autofinanciamento.
Contudo, tudo leva a crer que os supostos crimes vinham sendo praticados desde o mês de abril deste ano. As investigações teve inicio após diversas vítimas procurar a delegacia e denunciar o fato.
As vítimas relatam o mesmo modus operandi dos supostos criminosos. Até o presente momento nove vítimas já foram ouvidas pela polícia.
Ainda de acordo com informações, a empresa Nova Bens Investimentos, oferecia empréstimos facilitados e sem burocracia para aquisição de bens pelas redes sociais, porém não era exatamente o que acontecia.
As vítimas acreditando na facilidade oferecida fazem contato com os vendedores e assinam o contrato onde são informadas que é necessário fazer um pagamento como forma de entrada para que seja feita a liberação dos valores, mas após os pagamentos não recebem o que lhes foi prometido.
O delegado responsável pelo caso Frank Lopes, relata que a empresa não possui autorização do Banco Central para atuar como instituição financeira e que os contratos apresentados pelas vítimas não deixam claro se tratar de um consorcio, utilizando-se apenas do termo “Grupo de Investimentos” ou “Autofinanciamento”, o que tem por objetivo atrair e ludibriar os clientes.
Quando a polícia chegou ao local para cumprir o mandado de busca e apreensão havia 12 vendedores, o gerente e um segurança que foi contratado após algumas vítimas terem realizado ameaças.
O gerente da suposta instituição financeira ainda tentou esconder um aparelho celular, porém os policiais observaram e o aparelho foi recolhido.
Ao ser indagado sobre o ocorrido um dos suspeitos relatou que estava com medo de ser preso.
No local foram apreendidos celulares, notebook, móveis e contratos assinados para que possa ser realizada uma apuração mais profunda sobre as supostas irregularidades.
Na hora da busca, o proprietário da empresa não estava, pois de acordo com informações reside em São Paulo (SP).
Porém, diligências serão realizadas na tentativa de localizá-lo e também saber se ele realmente existe ou se a empresa era apenas usada como fachada.
A Polícia Civil pede a quem foi vítima dessa empresa que procurem a delegacia o mais rápido possível e registrem a ocorrência.