O prefeito Adailton Fúria (PSD) foi, na manhã desta quarta-feira, 22, o entrevistado do programa “Comando Policial”, apresentado por Diego Maia, na TV Allamanda de Cacoal.
Na ocasião, o mandatário municipal rebateu e fez graves acusações contra o vereador Paulo Henrique (PTB), que, no início da semana, denunciou o prefeito por improbidade administrativa no caso dos rejeitos de asfalto. O caso e as versões de ambos foi publicado no início da semana no Extra de Rondônia (leia mais AQUI).
Fúria iniciou afirmando que a chácara, de sua propriedade, está arrendada e que, em todo caso, há uma lei municipal que autoriza atender a qualquer pessoa de Cacoal. “Eu gostaria que as Secretarias Municipais de Obras e Agricultura tivessem todas essas máquinas que o vereador disse que estavam trabalhando no local. O vereador publicou fotos de duas caçambas que estavam paradas dentro da Secretaria de Obras”, rebateu.
Contudo, o prefeito foi além e disse que não é máquina ou rejeito de asfalto que o vereador quer. Ele afirmou que Paulo Henrique, no dia 1º de março, fez uma indicação na Câmara Municipal para que a prefeitura de Cacoal pudesse adquirir R$ 14 milhões em vacinas de um lobista. Mas que, na verdade, seria um golpe e o caso está nas mãos da Polícia Civil.
“O vereador mandou mensagem no WhatsApp e me procurou no gabinete, pedindo que atendesse um suposto vendedor de vacina. Mas achei muito estranho, já que não havia vacina no Brasil inteiro. Disse que era a mesma pessoa que estava vendendo vacina para o prefeito de Porto Velho. Fiquei 10 dias com esse vereador insistindo querendo que eu atendesse o vendedor de vacina. Não atendi porque sabia que era um golpe. Eu, agora, queria saber os motivos que o vereador queria que eu atendesse um lobista para comprar vacina. Isso tenho como comprovar e esse é o motivo da revolta do vereador. Se eu tivesse negociado essas tais vacinas, hoje eu estava na cadeia, como aconteceu com os prefeitos no Brasil. No passado, essas negociações, dizem que rendia de 10% a 20%. O vereador está bravo porque não atendi o lobista da vacina e dar um golpe na prefeitura de Cacoal de R$ 14 milhões”, garante.
Sem citar nome, Fúria continuou as acusações e disse que o parlamentar solicitou cargos para manter o grupo de um ex-deputado. “O vereador me levou na fazenda de um ex-deputado de Cacoal. O ex-deputado, muito tranquilo, não me pediu nada. Mas, no trajeto, o vereador pediu que eu atendesse as indicações do ex-deputado que até o ano passado tinha mais de 30 nomeações na prefeitura de Cacoal. Daí pra cá, o homem começou a fazer graves acusações infundadas e queria que colocasse, ainda, como secretário municipal de saúde, um ex-candidato derrotado. Vocês não sabem a pressão que vive no momento da pandemia. Agora vou até o final dessa história”, encerrou.