A cadeia produtiva do peixe em Rondônia, com incentivo do Governo do Estado, tem um acelerado processo de desenvolvimento e já alcançou alto nível técnico e produtivo, e vem recebendo cada vez mais a adesão de Produtores de médio e grande porte, especialmente na produção de tambaqui, esse crescimento se deve as potencialidades naturais do Estado e a capacitação da mão de obra,agora produtores e governo partem para a consolidação do mercado, com ações como o festival do tambaqui.
A Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO), e outras instituições fazem a capacitação dos trabalhadores no campo, enquanto que as escolas do ensino formal, fazem a formação de técnicos especializados, no próprio estado, que já possui escolas de formação de técnicos de nível médio (Instituto federal em Ariquemes) e superior, em engenharia de pesca (Universidade Federal de Rondônia, em Presidente Médici).
Todos os anos a Emater-RO oferece cursos capacitação de curta duração para centenas de pequenos Produtores rurais e seus familiares, são cursos de manejo do pescado, da água e de gestão do negócio.
O participante dos cursos desenvolve habilidades técnicas, por meio da prática de manejo da água, aprendem a reconhecer níveis de turbidez, dureza e acidez da água, desenvolvem técnicas de arraçoamento dos peixes, e fazem aferição da biometria, esta última prática é fundamental para o acompanhamento do crescimento dos peixes, e permite a intervenção no momento no certo, para evitar desperdícios e prejuízos.
O governo de Rondônia também atende os piscicultores com do Programa Peixe Saudável, da Secretaria de Estado da Agriculura (Seagri), fazendo avaliação da qualidade da água e exames laboratoriais dos peixes, usando os laboratórios móveis adquiridos pelo governo através da Seagri, e com recursos da Superintendência de Desenvolvimento Econômico e Infra-estrutura (Sedi), os equipamentos são operados por técnicos especialistas da Emater-RO.
No município de Ariquemes o extensionista Alessandro Pedroti, responsável pelo laboratório móvel da Região do Vale do Jamari, relata no último relatório anual de atividades, sua experiência com o piscicultor Ananias Pereira. O produtor tinha na sua piscicultura uma taxa de conversão alimentar dos peixes, de 2,19Kg de ração para cada quilo de peixe. E depois que passou a seguir as orientações técnicas da Emater-RO, conseguiu realizar o ciclo produtivo com uma conversão alimentar de 1,5Kg de ração por quilo de peixe.
Este caso particular, apresentado por Pedrotti, facilita se verificar a economia conseguida, para isto basta subtrair 1,5Kg de 2,19kg, que é igual a 690g. Este resultado revela uma economia de 690Kg de ração a cada mil quilos de peixe produzido. Considerando-se o preço da ração a três reais o quilo, temos uma economia de R$2070 para cada mil quilos de peixes produzidos.
O alto custo de produção do pescado, obriga produtores e técnicos a se manterem alertas quanto ao manejo da cultura e às frequentes variações de preços no mercado, razões pelas quais, as capacitações técnicas e o esforço de divulgação do produto pescado é um processo continuo, que culmina com ações de divulgação, tanto locais como nacionais, como foi o caso do festival do Tambaqui que aconteceu no dia 19 de setembro em mais de 30 municípios de Rondônia e 27 capitais Brasil afora, onde foram assadas e distribuídas diretamente aos consumidores, 24 toneladas de tambaqui em bandas.