A partir do século XX, com o avanço dos meios tecnológicos, os jovens se viram influenciados pelas mídias sociais, que podem influenciar diretamente na construção de suas identidades.
O que para os adultos pode ser uma forma de entretenimento, para os jovens elas atuam no processo de desenvolvimento social e moral, pois as trocas culturais também ocorrem por meio delas. É preciso refletir como as redes sociais e os digital influencers interferem no desenvolvimento identitário da juventude.
Entre as idades de 15 a 17 anos, cerca de 97% da população brasileira possui um perfil em alguma rede social, segundo o site Agência Brasil, 2019. Com a possibilidade de os usuários estarem conectados com várias pessoas ao mesmo tempo e, em qualquer lugar do mundo, essas redes têm o poder de colocar quem a utiliza em contato com diversas informações, como as notícias, filmes, etc.
Visto isso, pode-se destacar o domínio das obras cinematográficas violentas, que podem despertar um comportamento agressivo nos ouvintes. Situações como essas, acabam induzindo o público juvenil a se identificarem com estes conteúdos e isso estimular a formação de suas personalidades.
É fato que os youtubers e blogueiros estão influenciando cada dia mais sobre a maneira de pensar e agir dos adolescentes. Um tema recorrente é o estereótipo das pessoas, que impacta na construção de suas identidades. Com isso, os jovens estão sendo influenciados, por exemplo, a terem um corpo e uma pele “perfeita”.
Em decorrência desta temática surgiram os filtros no Instagram, em que o público pode tirar uma foto, por exemplo, na qual esses efeitos fazem a remodelação do rosto, as cores dos lábios sempre realçadas, entre outros aspectos. Levando principalmente a população mais jovem, a estar insatisfeitas com suas aparências, já que estão fora do “padrão de beleza” imposto pela sociedade e, para que sejam semelhantes a tal padrão, muitos arriscam a vida, com procedimentos cirúrgicos, que comprometem a própria saúde.
Portanto, é perceptível o poder que as redes têm em relação à construção identitária dos jovens. Assim, é imprescindível que os pais monitorem quais os conteúdos acessados por seus filhos, de modo que estes não interfiram diretamente na formação dos mesmos. E ao Ministério da Saúde juntamente com o Ministério da Educação promover palestras nas escolas, de maneira a conscientizar e alertar sobre os males causados pela alienação de que a “beleza perfeita” existe.
Karla Jamilly Cassiano Rocha, , alunado 3º ano do curso técnico em agropecuária Integrado, Ifro-campus Colorado do Oeste