A notícia da filiação do governador de Rondônia ao PSL, legenda pela qual ele chegou ao cargo nas eleições de 2.018, aliada à perspectiva praticamente confirmada da fusão do partido com o DEM acabaram gerando um panorama de dúvida acerca das eleições estaduais do próximo ano.
Isso porque com a composição que se configura o partido resultante da junção das duas agremiações acabará tendo dois pretensos candidatos ao governo: o próprio Rocha, que entrou no partido na condição de concorrer à reeleição, e o senador Marcos Rogério, cacique do DEM rondoniense, que também é anunciado aos quatro ventos como postulante ao Executivo de Rondônia.
Para tentar “desatar o nó”, a reportagem do Extra de Rondônia conversou na noite desta quarta-feira, 22, com o agora vice-presidente do PSL do Estado, o vilhenense Evandro Padovani, e com a assessoria de comunicação do senador Marcos Rogério, em Brasília.
Padovani explicou que o projeto do PSL rondoniense vem sendo construído ao longo dos últimos meses, tendo se intensificado no período em que ele presidiu o diretório, e sempre teve como projeto trazer de volta o governador Marcos Rocha para concorrer à reeleição pelo partido.
“Desde o início eu sempre o convidei para ingressar de novo no partido, para que a gente construísse aqui o projeto de pré-candidatura a reeleição, e agora que ele aceitou é natural que eu cedesse a presidência a ele, e ficasse como vice. Estamos cientes das negociações em Brasília para a fusão do PSL com o DEM, mas adianto desde agora que teremos candidato ao governo, e ele é Marcos Rocha”, frisou.
Por outro lado, a assessoria do senador em Brasília informou que Marcos Rogério está participando ativamente das negociações para a fusão dos partidos, sendo favorável a iniciativa, tendo feito parte de encontro de dirigentes nacionais dos Democratas.
“Ontem o senador Marcos Rogério participou da reunião da Executiva, onde houve a deliberação para o início das tratativas de fusão dos dois partidos. O senador concordou com as tratativas para a fusão. Quanto a questão da filiação do governador, por enquanto ele não vai se manifestar”, informou a assessoria, deixando evidente que a questão local será tratada num segundo momento.
Nos bastidores políticos do Estado circulam conversar no sentido de se prestar atenção a movimentação do senador Confúcio Moura, do MDB, que afastou-se do cargo e pode disputar as eleições ao Executivo estadual, pois esta jogada poderia ter como desdobramento eventual adesão de Rogério ao partido. Também se fala na possibilidade de Marcos migrar para o PSD, onde poderia compor chapa majoritária com Expedito Junior, de quem o senador anda bastante próximo desde o início do ano.
Em resumo, a partir dos próximos dias, quando houver o desfecho da fusão entre DEM e PSL, certamente o tabuleiro da sucessão estadual em Rondônia terá movimentação importante.