A Miss Brasil Mundo, Caroline Teixeira, iniciou uma campanha de arrecadação na internet, pelo site “Ajudaê”, para comprar um aparelho eletroneuromiógrafo para o hospital Santa Marcelina, referência no atendimento em Porto Velho de pessoas com Hanseníase.
Em justificativa da ação, Caroline pontua que Rondônia apresenta indicadores epidemiológicos e operacionais que expressam a proporção da doença, que ocupa o 16º lugar no coeficiente de detecção de hanseníase no Brasil, classificando-se como Estado com risco muito alto, conforme parâmetros do Ministério da Saúde.
“Neste contexto, a aquisição do aparelho para o programa de Hanseníase do hospital Santa Marcelina se apresenta como uma importante ferramenta para qualificar o atendimento prestado, tendo em vista, o aumento expressivo nos casos de hanseníase do tipo neural pura. Como o hospital Santa Marcelina é referência, e atende também alguns municípios além do Estado de Rondônia, o alcance do uso do aparelho e seu impacto na população são positivos, ressaltando ainda, que os casos de maior complexidade são encaminhados para a instituição”, detalhou ela.
A ação da Miss Brasil que também é embaixadora de Hanseníase recebeu destaque nas redes sociais do Movimento de Reintegração de Pessoas Afligidas pela Hanseníase (Morhan). O movimento é referência nacional quando o assunto é a doença no país.
HOSPITAL
Hospital Santa Marcelina tem início em 1950 quando o governador do até então território construiu a colônia das pessoas atingidas pela Hanseníase com a finalidade de abrigar compulsoriamente os pacientes.
Em 1975, as “Irmãs Marcelinas” assumiram a administração. Com muita dificuldade e grandes desafios, os atendimentos em saúde foram ampliados. De lá para cá, o hospital é referência no atendimento à pessoa acometida pela Hanseníase no Estado, pois dispõe de atendimento ambulatorial e internação hospitalar.
A unidade realiza seu atendimento no diagnóstico precoce, tratamento oportuno e interdisciplinar, prevenção e reabilitação de incapacidades e investigação dos contatos para romper com a dinâmica de transmissão da doença.