O vice-líder do Governo no Congresso, Marcos Rogério (DEM/RO), acusou a oposição de cometer “clara perseguição política” contra o empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan e depoente desta quarta-feira, 29, na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, ao indagá-lo de assuntos em nada relacionados à pandemia.
O G7, grupo formado por senadores da oposição, insistiram em saber, por exemplo, se Hang recebeu recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o que, de acordo com Marcos Rogério, além de não configurar ilegalidade, é um assunto completamente fora da linha de investigação da CPI.
“Só para refrescar a memória, nos governos Lula e Dilma foram mais de US$10 bilhões desviados do Brasil, via BNDES, para financiar obras e projetos de países governados pela esquerda. Ou seja, mais de R$ 50 bilhões desviados daqui para lá. Dinheiro que faltou para estruturar a rede de saúde Brasil afora, para aumentar o número de leitos de UTI´s, que, nos últimos dez anos, despencou no Brasil”, afirmou o parlamentar por Rondônia.
Marcos Rogério lembrou ainda que só Cuba e Venezuela, países governados pela esquerda e apoiados pelos governos do PT, devem, hoje, ao BNDES, R$ 3,5 bilhões e simplesmente não pagam suas dívidas. “E agora a oposição vem aqui fazer uma devassa na vida do empresário Luciano Hang para saber se ele pegou empréstimos do BNDES. Trata-se de uma clara perseguição política, uma revanche, tentando criminalizar uma ação empresarial por causa de manifestações públicas feitas por ele”, pontuou.
O vice-líder do Governo disse ainda que o mais leal seria a oposição, ao invés de construir narrativas e constranger depoentes, apoiar a investigação de crimes praticados com recursos do Consórcio Nordeste e com recursos federais repassados a estados e municípios para o enfrentamento da pandemia. “Fazem uma devassa na empresa do senhor Luciano Hang enquanto se negam a investigar verdadeiros crimes contra o povo brasileiro. Esses fatos, que geraram bilhões de prejuízos aos estados e municípios e custaram a vida de pessoas, eles não querem investigar. Isso é uma barbaridade, um absurdo, uma desfaçatez. É ridículo”, reforçou.
Marcos Rogério voltou a criticar o “modus operandi” da presidência e relatoria da CPI que, de acordo com ele, desde o início da comissão parlamentar estão com o relatório pronto “debaixo do braço”. O senador ressaltou não entender quando restringem o acesso a documentos sigilosos por senadores da base, mas, ao mesmo tempo, publicam prontuários médicos cobertos de sigilo profissional para confrontar depoentes. “Eu respeito a divergência, quem pensa diferente de mim, mas gostaria de ser respeitado pelo que penso. Na sanha vingadora, perdem o senso de amor ao próximo, da humanidade, do compadecimento. Fazem palanque em cima dos caixões. É o que fazem aqui”, finalizou.