Os protestos contra o governo Bolsonaro continuam repercutindo. Vários dias depois do evento, as redes sociais pululam com opiniões, críticas, debates e, como sempre, xingamentos e exageros. O que realmente aconteceu, caso as manifestações sejam analisadas com frieza? Primeiro, elas foram absolutamente democráticas.
Parte da sociedade brasileira, mesmo que em minoria, foi às ruas para dizer que não está satisfeita nem com o governo e nem com o Presidente da República. O que há de errado nisso? Absolutamente nada. Ouve-se também críticas ao fato de que partidos de extrema esquerda se uniram aos de centro e até de direita, numa miscelânea de ideologias.
Qual o problema, vendo-se pelo prisma de quem foi protestar? Ora, o inimigo comum (deveria ser adversário, mas a oposição trata Bolsonaro é mesmo como inimigo) é apenas um. Então, unirem-se todos os que o querem defenestrar o Presidente, num protesto que no geral foi pacífico, embora aqui e ali tenha havido exageros. Mobilizações pacíficas nas ruas não trazem nenhum mal à democracia. Pelo contrário.
Pode-se até discordar das pautas levadas às ruas por opositores, neste 2 de outubro ( esta coluna discorda da maioria dos temas) mas seria de enorme injustiça dizer que não é passível de respeito ,uma mobilização que chegou a quase uma centena de cidades, mesmo muito menor do que as em apoio ao Governo e a Bolsonaro, no 7 de setembro e em outros eventos registrados país afora.
Houve alguns avanços e algumas repetições de ações que merecem destaque. A primeira delas foi a volta, mesmo ainda tímida, das bandeiras do Brasil, as verde e amarelas, na maioria das manifestações, onde antes só se viu o vermelho, que representa a esquerda e o comunismo. Embora alguns discursos tenham sido radicais, eles o foram em defesa do que defendem os participantes do evento. Errado foram as informações falsas transmitidas, como chamar o Presidente de genocida por causa da pandemia, o que é um absurdo e, ainda, de exigir seu impeachment, sem uma só acusação concreta.
Faltou também a defesa das urnas e da democracia, com pedidos para eleger os representantes da esquerda, em 2022, ao invés de se tentar um golpe para tirar um Presidente legitimamente eleito. Faltou, mais que tudo, a presença do maior líder da esquerda e do comunismo brasileiro: o presidenciável Lula, que não apareceu. Lula precisa vir para as ruas, porque não ganhará a eleição sem apoio popular e apenas com pesquisas fajutas de institutos fajutos! Mas isso já é outro assunto…
Marcos Rogério quer que ponte do Abunã tenha o nome de Paulo Nunes Leal
E agora? Tramita no Senado Federal, outro projeto dando nome para a ponte sobre o rio Madeira, na Ponta de Abunã. De autoria do senador rondoniense Marcos Rogério, a proposta homenageia a memória de um dos mais importantes personagens da história de Rondônia, o ex-governador Paulo Nunes Leal. O coronel que escreveu o famoso livro “O outro lado da Cruz”, tratando da importância de Rondônia para a integração nacional, tem apoio tanto do governador de Rondônia, Marcos Rocha, como o do Acre, Gladson Cameli.
O problema é que já tramita na Câmara Federal, inclusive com aprovação numa das principais comissões, outra proposta, esta do deputado federal Mauro Nazif, com homenagem ao arcebispo Dom Moacir Grecchi, para receber a honraria. Os dois projetos continuam tramitando e não se sabe, agora, qual dos dois terá prioridade. Há ainda um longo caminho de tramitação no Congresso, mas, no final das contas, ainda não se sabe ainda qual a proposta que será aprovada. Marcos Rogério tem uma vantagem, porque sua proposta é mais antiga: é de outubro de 2019.
Novo partido, o União Brasil, será oficializado nesta quinta, Rocha vai presidir no Estado
A 48 horas da convenção que vai criar o novo partido, União Brasil, a fusão do PSL e do DEM, o governador Marcos Rocha e o secretário chefe da Casa Civil, que devem comandar a nova sigla em Rondônia, estão na Capital federal, para tratarem também deste assunto. Nesta terça e na quarta, por exemplo, Rocha e Júnior têm agendadas reuniões em vários ministérios, tratando uma série de interesses do Estado.
Na quinta, ambos participarão da criação do novo partido. Se o que foi acertado nos bastidores, o União Brasil será presidido pelo atual comandante geral do PSL, o deputado Luciano Bivar, que já fechou um acordo com o governador rondoniense. Resta saber agora, a partir da concretização deste acordo, como ficará o senador Marcos Rogério, que é do DEM e cujo nome chegou a ser citado como provável comandante da nova sigla, em Rondônia. Obviamente que, como candidatíssimo ao Governo, contra Rocha, Rogério terá que procurar outros caminhos, para conseguir abrigar sua candidatura. Certamente será uma missão fácil.
Redano assume comando do Republicanos em solenidade na Unopar, nesta quarta
Em nível local, será nesta quarta-feira, a partir das 14 horas, um dos eventos políticos que devem ser considerados como de grande importância, pelos nomes e pelo tamanho do poder político que envolve. O presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano, assumirá oficialmente a presidência do Republicanos, uma das siglas que mais cresce no Estado.
O partido, que hoje tem dois prefeitos, 43 vereadores e três deputados estaduais, foi se consolidando como um dos mais importantes de Rondônia. Tem também um nome popular: o ex-deputado federal e agora ex-presidente regional da sigla, Lindomar Garçon, que certamente foi importante para a expansão do Republicanos no Estado. A solenidade da quarta, no início da tarde, será realizada no auditório da Faculdade Unopar, na avenida Rio de Janeiro, em Porto Velho. Além de Redano, que será oficializado publicamente no cargo que já ocupa, assumirá toda a Executiva Estadual.
Redano e seu partido, aliás, vão se tornar o que se chama na política de parceiro por demais importante, na disputa eleitoral de 2022. Todos os principais candidatos ao governo, certamente, vão buscar o apoio do hoje importante partido.
Olho no governo, na Câmara Federal e na assembleia, para 2022
O Republicanos terá candidatura própria ao Governo? Por enquanto não há essa decisão, embora o partido considere que tem nomes qualificados para isso. Mas vai convidar pretendentes a Governo para alianças que possam ao menos proporcionar à sigla a indicação do nome do candidato a vice-governador, na chapa majoritária.
Também está nos planos da sigla eleger ao menos dois deputados federais (Garçon é nome certo na tentativa de voltar à Câmara, assim como está confirmado o nome do delegado e ex-prefeito de Ariquemes, Thiago Flores) e quatro estaduais, tomando mais uma cadeira, além das três que possui atualmente.
O Republicanos é sucessor do PRB, partido que cresceu muito com apoio dos evangélicos, principalmente o grupo ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, iniciando ali sua expansão em todo o país. Hoje, está forte e, inclusive, tem posição importante e consolidada em Rondônia. Vem muito forte para 2022 e pode ser “a noiva” mais procurada, para parceria, na disputa do ano que vem.
Projeto polêmico pode acabar com o confinamento do gado em toda a Rondônia
Projeto do deputado petista Lazinho da Fetagro, aprovado na Assembleia, está causando furor nos meios da produção bovina do Estado, porque, segundo fontes ligadas ao setor, pode acabar com uma estrutura utilizada há anos, causando graves prejuízos ao setor. Em resumo, a proposta determina a proibição de instalação de confinamento de bovinos, a partir de 60 cabeças de gado, sem a observância da distância mínima de 300 metros de residências, escolas, centros desportivos, centros religiosos, associações e nascentes de água.
Resumidamente, o confinamento é um sistema considerado de grande importância pelos criadores para engorda mais rápida do gado, redução de custos e mais lucro. Lazinho, contudo, argumentou que esta medida, utilizada em centenas de propriedades em Rondônia e em todas as regiões produtoras do país, “é extremamente poluidora”, em decorrência, segundo ele, dos gases de efeito estufa, causado pelo processo de digestão dos animais. A sujeira causada e o fedor seriam outras causas para a medida.
Os protestos já chegaram à Secretaria de Agricultura do Estado. O secretário Evandro Padovani já pediu ao governador Marcos Rocha que vete todo o projeto. O assunto ainda vai dar muito pano pra manga…
Setembro, o mês em que a Covid atacou menos, internou menos e matou menos, no Estado
Embora nos últimos dias não tenham sido divulgados boletins sobre os números da Covid 19 no Estado, por questões técnicas, é certo que os novos casos, as internações e as mortes continuam caindo. E o total de vacinados continua crescendo, assim como as novas vacinas, que já superam as 2 milhões e 400 mil doses enviadas ao Estado, 100 mil delas somente nesta semana que terminou.
Quando se lembra, com tristeza, que no mês de março deste ano chegamos a 1.293, óbitos, com 66 delas registradas em apenas um dia, pode-se ter convicção que, mesmo com as 53 mortes registradas no setembro que já terminou, a situação está muito amenizada. A semana terminou com menos de 60 pessoas internadas em todo o sistema hospitalar, enquanto já tivemos, num só dia dos primeiros meses deste 2021 que está chegando ao fim, até 1.050 internados e outros 170 numa lista de espera do terror.
Setembro também teve outro dado interessante: em seis dos seus 30 dias, pela primeira vez, desde o início da pandemia, não se registrou uma só vida perdida. A partir desta terça, os boletins devem voltar a serem divulgados e certamente a queda nos números da Covid se confirmarão.
Festas com centenas de pessoas, sem nenhum cuidado, é o maior risco para a volta do vírus
Certamente as mais de 1 milhão e 700 mil doses de vacinas já aplicadas até a semana passada, ajudaram demais a amenizar as dores causadas por esta terrível doença. Além disso, tivemos a sorte, até agora, das três cepas que chegaram ao Estado (incluindo a indiana, considerada a mais perigosa), atingirem poucas pessoas e, em todos os casos, sem grande gravidade. A tal ponto que, até o último boletim divulgado pela Sesau, na semana passada, nenhum óbito tenha sido registrado, com alguém morto por uma das novas cepas do vírus.
Qual o perigo, então? O risco que a doença volte é a falta de cuidados de milhares de rondonienses. Nos últimos dias, por exemplo, ocorreram grandes festas, tanto na Capital como em várias cidades, com grande público. Só numa casa de shows na zona leste, semana passada, houve um evento com mais de 500 pessoas, todas elas sem máscara e sem os mínimos cuidados. Apenas o pessoal da casa se protegeu com as máscaras, álcool gel, mas não conseguiu manter o distanciamento. Tal o volume de gente amontoada. Portanto, é esse descuido que pode trazer a doença de volta, mesmo com tanta vacina.
Perguntinha
Você também entrou em pânico e tentou arrancar os cabelos, com o sumiço do Watts App, Facebook e Instagram, desde o meio-dia da segunda-feira, deixando milhões de pessoas no Brasil e no mundo, sem acesso às principais redes sociais?