Na tarde desta quinta-feira, 14, o Extra de Rondônia foi até a Fazenda Vilhena, localizada a 60 quilômetros da área urbana, no Setor 8, Gleba Corumbiara, onde uma mulher e quatro homens foram brutalmente assassinados na noite de quarta-feira, 13.
Segundo informações colhidas no local pela reportagem do site, Heladio Cândido Senn, mais conhecido como “Nego Zen”, e sua esposa Sônia Biavatti, jantavam com os dois netos, quando sete homens fortemente armados chegaram ao local por volta das 19h30 e os renderam.
Na sede da fazenda também estavam três funcionários, sendo dois deles identificados como: Oederson Santana, de 34 anos, mais conhecido como “Neguinho”, Jhonatan Rocha Borges dos Reis, de 21 anos,e a esposa dele, que residem no local.
Após renderem os seis adultos, os assassinos levaram a esposa do caseiro Jhonatan para o quarto da casa onde moram, localizada a menos de 20 metros da sede, e a trancou no cômodo juntamente com as duas crianças, que são netos do proprietário “Nego Zen”, que também foi conduzido para um cômodo a parte.
Os três funcionários e a patroa, foram colocados de joelhos na varanda e executados com tiros de espingarda na cabeça e pelo corpo.
Enquanto Sônia e os funcionários eram executados do lado de fora, “Nego Zen” era torturado a facadas em um dos cômodos, até também ser executado com um tiro de espingarda calibre 12 no peito.
Após a chacina, os 7 assassinos atiraram por vários locais da sede e em um dos galpões, que são todos feitos de zinco, exatamente parta evitar que fossem incendiados, devido o local ser palco constante de ocorrências envolvendo grileiros.
Em um dos atos de fúria, os criminosos dispararam contra uma bandeira do Brasil, que estava fixada no telhado do galpão.
Após passar a noite trancada no quarto com as duas crianças, pela manhã a mulher do caseiro Jhonatan, que já estava morto, conseguiu arrombar uma janela de metal, por onde escapou e andou cerca de 15 km com os netos dos patrões, até se deparar com o pai de uma das crianças, que ia ao local exatamente por não ter conseguido contato com os pais durante a noite.
Ao encontrar a mulher, o filho de “Nego Zen” e Sônia, foi informado sobre a barbárie que tinha ocorrido na fazenda, soube o que havia acontecido e acionou a Polícia Militar.
O crime mobilizou inúmeras agentes da Polícia Militar e Polícia Civil, que passaram toda a tarde realizando os trabalhos de investigação e perícia no local, onde os disparos de arma de fogo foram incontáveis e todos de grosso calibre.
Os pais de Jhonatan falaram ao Extra de Rondônia e afirmaram que o filho havia trabalhado no local por 7 meses e pediu as contas, porém, mesmo contra a vontade deles, retornou há 15 dias e passou a morar no local. “Ele até arrumou um emprego pra mim aqui, mas eu não quis e falamos pra ele não voltar, mas ele também não ouviu”, afirmou o pai. O jovem deixa esposa e um filho.
Os corpos das vítimas foram removidos pela Funerária Dom Bosco, onde uma das vítimas segue sem identificação
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